Aspectos Psicológicos e Sociais do Envelhecimento

O envelhecimento é uma etapa da vida que traz consigo mudanças em diferentes aspectos, dentre eles os psicológicos e sociais. Por isso, é importante buscarmos conhecimento sobre esta fase da vida e nos preparamos para vivenciar essas mudanças.

O que você acha de conhecer melhor esses aspectos e aprendermos a envelhecer, tanto para dar suporte aos idosos de nossa convivência, ou prepararmos outras pessoas que queiram desempenhar funções de apoio ou aprendizagem?

Os aspectos psicológicos se referem às mudanças relacionadas à nossa personalidade, aos sentimentos e emoções. O envelhecimento pode nos afetar positiva ou negativamente. Veja quais são as características mais recorrentes:

Dentre as mudanças citadas anteriormente, os problemas relacionados à memória é um dos aspectos que mais preocupam as pessoas, sejam os idosos (que têm receio de perder a sua independência e autonomia), seja por parte dos entes queridos e familiares (que podem privar os idosos de sua liberdade de ir e vir ao constatarem problemas relacionados ao esquecimento ou demora na recuperação de informações). Contudo, mesmo que tais alterações não possam ser totalmente solucionadas, existem estratégias que podem contribuir para diminuir a velocidade com que essas alterações ocorrem. Conheça algumas estratégias de memorização que podem ajudar!

Já os aspectos sociais se referem aos costumes, crenças e condutas que envolvem a interação com a sociedade. Veja alguns traços marcantes que podem ser encontrados dentre a população idosa:

No entanto, outros aspectos devem ser considerados na busca por conhecimentos que ajudem a contornar os problemas do cotidiano e nas adaptações no estilo de vida, a fim de que se tenha uma melhor qualidade de vida, mesmo no envelhecimento. Quer saber mais sobre o assunto? Então leia os artigos indicados a seguir:

NOME DO ARTIGO: Empowerment and older people – enhancing capabilities in an ageing world

Link do artigo: https://www.un.org/esa/socdev/egms/docs/2012/ppt/SylviaBeales.pdf

Resumo do artigo: Este artigo é explicado que a experiência vivida por mulheres e homens idosos varia de acordo com a idade do indivíduo, sexo, etnia, condições de vida e trabalho e redes sociais. Existe uma enorme diversidade na situação das pessoas idosas dentro e entre países, dependendo do estágio da transição demográfica e do desenvolvimento social. As estruturas familiares estão a mudar à medida que mais pessoas idosasvivem sozinhas ou com jovens dependentes, com adultos mais jovens a migrar, interna ou internacionalmente, em busca de trabalho ou vítimas de doenças e crises humanitárias. As relações de gênero estruturam todo o curso da vida, influenciando o acesso a recursos e oportunidades, com impacto contínuo e cumulativo.

NOME DO ARTIGO: Alfabetização como empoderamento da cidadania em idosas com doença crônica

Link do artigo: https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/6367

Resumo do artigo: Neste estudo, as autoras abordam a questão do empoderamento na velhice como a capacidade cognitiva de autonomia e autoconfiança nos cuidados com a saúde. Aparentemente, a grande curiosidade delas era entender melhor o papel da alfabetização nessa relação, então, coletando, interpretando e analisando dados provenientes de questionários e entrevistas com 15 idosas, residentes do sertão baiano, portadoras de doenças crônicas, antes e depois delas serem alfabetizadas pela metodologia Freiriana, as autoras concluíram que a alfabetização de idosos pode ser uma forma de empoderamento para a cidadania e autogestão dos cuidados com a saúde.

Aspectos Educacionais do Envelhecimento

Na gerontologia educacional é possível o estudo constante sobre os aspectos que permeiam o envelhecimento, sendo importante considerar a compreensão sobre as estratégias pedagógicas que podem ser adotadas com os sêniors. Por isso, é importante desenvolver ações que vislumbram instigar no sujeito, com 60 anos ou mais, atitudes relativas ao questionamento, a criticidade, criatividade e autonomia; para saber lidar com os desafios imbricados pela sociedade que vivência constante transformação.

Portanto, neste módulo te convidamos a ver, a seguir, uma concepção sobre o que são Estratégias Pedagógicas, além de oito aspectos considerados importantes para mediar ações com idosos.

→ Estratégias Pedagógicas:

O termo Estratégias Pedagógicas (EP) pode ser conceituado como um conjunto de ações que permite auxiliar o educador no desenvolvimento das atividades educacionais. As Estratégias Pedagógicas podem facilitar o processo do ensino e aprendizagem, desde que sejam adequadas aos objetivos do que se aspira alcançar nas ações aplicadas com os idosos. A observação do perfil do idoso pode possibilitar que o educador promova mediações apropriadas para as especificidades individuais dos sêniors, como também para um grupo de idosos.

Assim, existem algumas dicas que podemos aplicar quando há espaços de aula.

Já outros aspectos podem ser considerados nas Estratégias Pedagógicas voltadas ao público idoso:

1. Afetividade: A intensidade da relação aluno/professor pode ser um dos critérios utilizados para instigar os alunos a escolherem uma atividade e, concluí-la sem desistência.

2. Ansiedade: Trazer momentos para estabilizar a ansiedade e impaciência permitem ajustar a compatibilidade do ritmo entre aluno e professor.

3. Medo: Apresentar situações que confrontam o medo do aluno pode ser uma maneira para lidar com algo que representa ameaça; todavia, ressaltar as conquistas, conversar sobre seus medos ou casos de outrem. Além de, mostrar o desconhecido, fomentando a perspectiva de novas descobertas.

4. Resistência: Mapear quais as lacunas dos alunos combinando diferentes metodologias ativas - aprendizagem baseadas em jogos, em competências -, visa promover engajamento contra a falta de segurança e tradições (ritos) que atravessam gerações.

5. Conveniência: Elaborar atividades que permitam a socialização com colegas e professores é um momento repleto de significados. A ocasião pode ser uma forma de minimizar sentimentos de isolamento social, por vez, atrelado ao fato de familiares e amigos não inclui os idosos em sua rotina de lazer, por motivos de limitações das capacidades como mobilidades reduzidas, perdas cognitivas, etc.

6. Paciência: Demonstrar empatia nas atitudes, ser tolerante, ter autocontrole, saber lidar com as pessoas ao seu redor e com as circunstâncias do local pode ser uma prática instigada nas atividades em dupla, buscando uma constância de colocar-se no lugar do outro.

7. Repetição: Incluir uma rotina que volta a informar o que já foi dito (escrito, feito, usado, etc.) permite ao aluno rememorar como proceder sobre situações que não são rotineiras. Com isso, contribuindo para obter o objetivo pretendido.

8. Duração maior do processo de aprendizagem: Disponibilizar aulas extras, como, "plantão de dúvidas", envolve uma maneira de se minimizar as limitações de aprendizagem; levar mais tempo para aprender não deve ser confundido com incapacidade de construir conhecimento

Gerontecnologia

A gerontecnologia é a junção das palavras geron + tecnologia!

Geron (grego γέρων géron „homem velho“)

+

Tecnologia (do grego τεχνη — "técnica, arte, ofício“)

Ela é um campo do conhecimento interdisciplinar, ou seja, perpassa por mais de uma área de conhecimento e permite que novas pesquisas, metodologias de ensino, assim como recursos tecnológicos (materiais educacionais digitais) sejam desenvolvidos com foco nos idosos. Você ficou interessado na gerontecnologia? Veja a seguir os artigos que falam sobre a temática.

NOME DO ARTIGO: Tecnologias Assistivas: Aplicações na prevenção de quedas de idosos

Link do artigo: http://dx.doi.org/10.18316/sdh.v10i1.8492

Resumo do artigo: O presente artigo visa identificar os serviços de suporte oferecidos pelas Técnicas Assistivas à avaliação do risco de quedas de idosos e o monitoramento de suas residências, bem como, apresentar uma visão geral sobre os principais dispositivos utilizados, descrevendo suas particularidades.

A Técnica Assistiva (TA) é uma das metodologias utilizadas para apoiar o idoso é a responsável pela criação de dispositivos que buscam auxiliar indivíduos à realização de suas atividades rotineiras. Neste artigo eles buscam mostrar como essas tecnologias podem apoiar um idoso na prevenção de quedas e socorro imediato caso uma queda ocorra. Primeiro os autores fazem uma revisão integrativa da literatura selecionando estudos para encontrar diferentes abordagens relacionadas com tipos de sensores e sua utilização na detenção de quedas baseado no Android. Das análises, os smartphones são os aparelhos acessíveis para todas as pessoas e com uso na prevenção de quedas e eles ampliam e qualificam o monitoramento da mobilidade de idosos durante o dia.

Assim, com o uso dos smartphones na detenção de quedas, muitos idosos estão monitorados em tempo real e provendo de socorros imediatos, pois a tecnologia assistiva discutido permite a identificação precoce do risco para cair e também, permite que o idoso receba socorro imediato e eficaz pois este evento é repostado e registado logo que o ato ocorre. Essa tecnologia é baseada em sensores vestíveis, avaliação e prevenção de quedas e sensores ambientais. Pode se dizer sensores baseados em inteligência artificial capazes de detectar e prever movimentos de quedas ou riscos de queda do idoso.

Um ponto destaque observável é que o idoso contendo este smartphone com um aplicativo com todos esses sensores instalados, poderá receber de imediato um serviço de socorro e suporte pois este smartphone tem a função de se comunicar com um familiar ou mesmo um serviço de atendimento/socorro, dando uma informação do momento e local onde o incidente ocorreu e isto permite uma confiança ao idoso em relação ao equilíbrio e também permitem que eles permaneçam ou se tornem interativos e autônomos, ampliando seus níveis de qualidade de vida e bem-estar.

Um exemplo de aplicação que usa estes sensores é o Techbalance: um simples celular, que é preso na cintura do idoso, o aplicativo consegue medir a predisposição para quedas, avaliar o equilíbrio postural e autonomia motora de pacientes com 60 anos ou mais.

NOME DO ARTIGO: Patient Self-Management Tools Should be Used to Enhance the Doctor–Patient Relationship

Link do artigo: https://www.emjreviews.com/innovations/blog/patient-self-management-tools-should-be-used-to-enhance-the-doctor-patient-relationship/

Resumo do artigo:O artigo aborda a necessidade de promover entre médicos, pacientes e empresas do setor da saúde o conceito de “inovação aberta”. Este tipo de inovação, que é amplamente disseminada no mundo dos negócios, refere-se a inovações que são feitas de fora para dentro das empresas, ou seja, com a participação de outras empresas (parceiras como start-ups) e/ou do público-alvo potencial.

Nesta matéria, destaca-se a plataforma online gratuita “Patient Innovation”, criada em 2014, pela Dra Helena Canhão do Departamento de Medicina da Universidade Nova de Lisboa que percebeu que apesar do potencial das soluções ofertadas a seus pacientes haviam dois problemas com relação as tecnologias para os cuidados com a saúde: 1) as inovações eram pouco disseminadas entre a população dos pacientes porque dependia muito da abordagem e disposição dos médicos (intermediários do processo de disseminação); 2) alto grau de resistência ao uso de tais tecnologias, principalmente de pacientes idosos.

Assim, esta pesquisadora decidiu incluir os pacientes no processo de desenvolvimento de soluções inovadoras da universidade e, encontrou uma forma de promover a disseminação de tais ferramentas, criando uma plataforma mundial aberta a todos os públicos, a “Patient Innovation”, na qual as pessoas podem publicar, compartilhar e buscar soluções inovativas para os cuidados com a saúde.

NOME DO ARTIGO: A experiência do usuário no uso de aplicativo para o monitoramento da saúde: contribuições para a gerontecnologia

Link do artigo: https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/view/50561

Resumo do artigo:O artigo relata a experiência de 4 utilizadores do aplicativo num período de 12 meses para verificar se os usuários tinham experiência com apps da categoria de mobile saúde bem como avaliar as funcionalidades do DeglutFono após seu uso

A partir da avaliação, destacaram 3 pontos principais sendo 1) a disponibilização de vídeos integrados ao aplicativo e 2) as funcionalidades de gráficos para exibir o controle da situação de saúde a partir do uso de elementos visuais. De forma geral, os utilizadores avaliam uma boa experiência de uso do app como sua facilidade de uso e mesmo com pouco tempo de uso, tiveram facilidade para utilizar a solução. Pela minha leitura, há um grande campo a ser explorado sobre o uso das tecnologias assistivas, desenvolvimento de aplicativos dispositivos vestíveis, monitoramento de eventos de saúde a partir de internet das coisas (IOT) no campo da gerontologia. Esse aplicativo faz parte de uma pesquisa do programa de saúde Programa de Pós-Graduação em Envelhecimento Humano, Passo Fundo, RS e evidenciou a relação entre a produção, avaliação e acompanhamento de uma solução de mobile saúde para a deglutinação de idosos.

As atividades da área, tem por objetivo a concepção, desenvolvimento e aperfeiçoamento de novas técnicas, produtos e serviços voltados para o público idoso. Os Materiais Educacionais Digitais são muito úteis para os idosos compreenderem e usarem as tecnologias digitais. Veja abaixo uma lista de materiais que foram criados para o público com 60 anos ou mais.

NOME DO MED: Cartilha do Idoso - Distanciamento social humanizado

Link do MED: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/direitos_humanos/IDOSO/INTERATIVIDADE

NOME DO MED: Netiseniors

Link do MED: http://netiseniors.weebly.com/inicio.html

NOME DO MED: Aplicativo Idoso Ativo

Link do MED: https://play.google.com/store/apps/details?id=mobigap.com.br.agyn&hl=pt_BR&gl=US

NOME DO MED: Instituto Chico Mota Violão, Artesanato em Macramê, Dança de Salão, Coral, Teatro, Sanfona e Gaita

Link do MED: https://www.youtube.com/channel/UC2UbMo2xb43-86JdIdEXlRA/featured

Na gerontecnologia estão as ações de inclusão digital de idosos, muito ofertadas em todas as regiões do Brasil. No entanto, a maior dificuldade é como ministrar e quais metodologias usar para ensinar o uso das tecnologias digitais. As situações-problema podem ser uma excelente alternativa, pois permite ao idosos se colocar naquela situação e tentar resolver sozinho, Veja abaixo alguns exemplos de situações-problema que você pode usar com os idosos.