Este tópico ocupa-se com a técnica cintilográfica do coração. Nesta técnica, moléculas químicas, com propriedades de localização, são combinadas com isótopos radioativos para produzir o radiofármaco apropriado; o processo de marcação radioativa ocorre em capelas especializadas, utilizando técnicas de Radiofarmácia e respeitando normas de proteção radiológica. Por exemplo, o fármaco sestamibi marcado com tecnécio radioativo -99mTc é utilizado amplamente com finalidade diagnóstica; é um agente de perfusão do miocárdio útil na avaliação de doenças das artérias coronárias.
Para visualizar o processo de extração de material radioativo, a partir do Gerador de Molibdênio-Tecnécio, assim como o de marcação radioativa clique aqui
Atualmente mais de 30 dos radiofármacos, marcados com tecnécio (99mTc), vêm sendo utilizados na Medicina Nuclear, correspondendo a 80% dos exames da rotina clínica. O elevado índice de utilização de tais compostos é resultado das propriedades físicas e químicas ideais do radioisótopo, tais como: meia-vida física de 6 horas; desintegração por emissão de radiação gama pura, com fótons de 140 keV; praticidade da obtenção do radioisótopo a partir de um sistema gerador de Molibdênio/ tecnécio (99Mo/ 99mTc); possibilidade do metal atingir vários estados de oxidação, dando origem a diferentes radiofármacos, a partir da simples reconstituição de conjuntos de reativos liofilizados ("kits"). Também, o baixo índice de reações adversas desses agentes, quando comparado com outros agentes, favorece sua ampla utilização.
A produção de radiofármacos deve atender às seguintes exigências: rapidez, simplicidade, confiabilidade e reprodutibilidade.