A acumetria é a realização de testes auditivos usando diapasões. Os diapasões são “barras metálicas em formato de U que, quando vibradas executam movimentos de vaivém em direções opostas” (FROTA, 2011).
A vibração das hastes origina um tom puro. A partir da percepção do som pelo paciente podem-se ter informações sobre sua audição. Os diapasões emitem tons puros em várias frequências, mas os mais usados são os de 512Hz e 1024Hz.
Dentre os vários testes que podem ser realizados, os mais conhecidos e utilizados são os testes de Weber e Rinne. Foram criados em 1834 (Weber) e 1855 (Rinne), mas até os dias atuais são conhecidos e utilizados por sua praticidade e por permitirem que se tenha informações sobre a situação auditiva do paciente (FROTA, 2003).
O teste de Weber permite a comparação das vias ósseas (FROTA, 2003, RUSSO;SANTOS, 2011).
Para a realização do teste, o fonoaudiólogo deve vibrar o diapasão (batendo-o na mão, cotovelo ou joelho) e colocar na linha média do crânio. Após, deve perguntar ao paciente se ele percebe o som igualmente nas duas orelhas ou se é mais forte em uma delas (veja aqui).
Para Frota (2003), perceber o som igualmente nas duas orelhas indica que a audição das mesmas é simétrica, ou seja, ou o paciente tem limiares auditivos normais em ambos os lados ou apresenta perdas auditivas simétricas, de mesmo tipo e mesmo grau. Neste caso o resultado do teste de Weber é indiferente, e é marcado da seguinte forma:
Quando o som é percebido mais forte em uma das orelhas, indica que existe assimetria entre os limiares auditivos. Pode indicar um dos seguintes resultados (FROTA, 2003):
O resultado do Weber lateralizado deve ser marcado da seguinte forma: uma seta indicando o lado para o qual o paciente indicou ouvir mais forte
O teste de Rinne permite que se compare a percepção do som por via aérea e via óssea (FROTA, 2003, RUSSO;SANTOS, 2011). Após a vibração do diapasão, apresenta-se alternadamente o som por via óssea e aérea, colocando-se o cabo na mastoide e depois próximo ao trágus. Pergunta-se ao paciente onde ele percebe o som mais forte. Deve se observar a posição do diapasão (veja aqui).
A percepção do som mais forte por via aérea indica que não há presença de componente condutivo (o paciente apresenta limiares auditivos normais ou perda auditiva neurossensorial). O resultado é Rinne positivo (+) (FROTA, 2003).
A percepção do som mais forte por via óssea indica que existe componente condutivo (perda auditiva condutiva ou neurossensorial). O resultado é Rinne negativo (-). Pode ocorrer também a presença do falso Rinne negativo, quando o paciente apresenta perda auditiva severa ou profunda ou anacusia unilateral (FROTA, 2003).
Assinale a resposta esperada nos seguintes casos:
Coloque as respostas corretas das questões acima no formato em que devem aparecer nos exames: