- ACOSTA, Ana R.; BAIERL, Luzia F.; SILVA, Maria L. O.; SILVA, Maria N. O. B. P.; THOMAZ, Silvia M. T.. Manifesto de Fundação do Curso de Serviço Social da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), do campus Baixada Santista. Serviço Social & Sociedade, São Paulo, n. 102, p. 391-396, abr./jun. 2010.
RESUMO: Trata-se do Manifesto de Fundação do Curso de Serviço Social da Universidade Federal de São Paulo/Campus Baixada Santista, cujo objetivo é documentar, refletir e registrar a criação e a importância do primeiro curso de Serviço Social em uma universidade pública federal, decorridos 73 anos do Serviço Social brasileiro e paulistano.
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- ANDRADE, Maria A. R. A. O Metodologismo e o Desenvolvimentismo no Serviço Social Brasileiro – 1947 a 1961. Serviço Social & Realidade, Franca, v. 17, n. 1, p. 268-299, 2008.
RESUMO: O conteúdo que subsidiou este artigo1 é extremamente denso no sentido do volume de material disponível, dispersos em teses, citações em livros, artigos, entrevistas e depoimentos de profissionais do período, publicados principalmente na Revista Serviço Social e Sociedade e em teses desenvolvidas na PUC-SP sobre os pioneiros do Serviço Social brasileiro. Todo o esforço na sua construção foi feito no sentido de agrupar os dados mais significativos para a compreensão da fase do processo de desenvolvimento da profissão que vai de 1947 a 1961, que sofre forte influência do Serviço Social Norte-Americano e que é denominado período do "metodologismo e desenvolvimentismo".
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- APERIBENSE, Pacita G. G. S. A Escola Anna Nery e a formação de enfermeiras, assistentes sociais e nutricionistas na Universidade do Brasil nos anos 30/40 do século XX. 2009. 188f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009.
RESUMO: Este estudo, de natureza histórico-social, tem como objeto a contribuição da Escola Anna Nery (EAN) para a formação de enfermeiras, assistentes sociais e nutricionistas, nos anos 30 e 40 do século XX, no âmbito da Universidade do Brasil (UB). O recorte temporal, de 1937 a 1949, corresponde ao ano em que a EAN logra ingressar na UB e ao ano em que se observa o reconhecimento social dessas três carreiras em editorial da revista Anais de Enfermagem (AE). Os objetivos do estudo foram: descrever as circunstâncias da transferência da EAN do Departamento Nacional de Saúde para a UB; analisar os discursos sobre a Enfermagem, o Serviço Social e a Nutrição à época; discutir a contribuição da EAN para a formação de enfermeiras, assistentes sociais e nutricionistas no âmbito da UB. As fontes primárias incluíram artigos, editoriais e orações proferidas em solenidades, publicados na AE e na revista Arquivos Brasileiros de Nutrição. As fontes secundárias incluíram artigos, teses e livros referentes ao contexto histórico-social, pertencentes ao acervo de bibliotecas tradicionais ou virtuais e do Banco de Textos do Cedoc/EEAN. Os procedimentos compreenderam a ordenação cronológica e temática dos textos selecionados, contextualização, categorização e discussão, à luz do referencial teórico de Eliot Freidson e dos conceitos de gênero. Os resultados indicam que o regime disciplinar e pedagógico implantado na EAN pela Missão Parsons, bem como a aproximação das suas diretoras com autoridades políticas, religiosas, e ainda com damas da alta sociedade brasileira engajadas na luta pelos direitos civis das mulheres, contribuiu para que a enfermagem pudesse ser percebida como uma profissão conveniente às "moças de boa família" o que contribuiu para bem conceituar a enfermagem na opinião pública e obter a aceitação de uma ocupação essencialmente feminina. Além disso, a EAN tinha assegurada a autonomia do ensino, a qualificação profissional de suas formadas e a inserção da enfermeira no mercado de trabalho. Todas estas características e circunstâncias permitiram que a EAN, apresentasse as condições necessárias a uma inserção universitária, o que só veio a ocorrer em 1937. A exaltação às qualidades ditas femininas na figura da enfermeira se estendeu às figuras da assistente social e da nutricionista, construindo-se uma perspectiva de gênero destas ocupações, num processo contínuo. Neste sentido, a Enfermagem surge como profissão na sociedade brasileira antes da Nutrição e do Serviço Social e a EAN assume um papel decisivo na profissionalização dessas novas carreiras na UB, pois a partir da consolidação da carreira de enfermagem é que se observa o desenvolvimento das profissões de assistente social e de nutricionista evidenciados nos discursos autorizados à época.
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- APERIBENSE, Pacita G. G. S.; BARREIRA, Ieda A.. Nexos entre Enfermagem, Nutrição e Serviço Social, profissões femininas pioneiras na área da Saúde. Revista da Escola de Enfermagem da USP. São Paulo, v. 42, n. 3, p. 474-482, set. 2008.
RESUMO: Estudo histórico-social sobre a emergência das profissões de nutricionista e de assistente social, entre os anos 30 e meados do século 20. O trabalho trata das circunstâncias do surgimento dos cursos de nutrição e de serviço social no interior da Escola Anna Nery/UFRJ, e compara as funções desempenhadas por enfermeiras, nutricionistas e assistentes sociais à época. As fontes primárias de pesquisa encontram-se no Centro de Documentação da Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ e incluem documentos escritos e depoimento oral. As fontes secundárias foram artigos, livros e teses. A análise de textos e documentos evidenciou que a Escola teve papel decisivo na emergência dessas novas profissões, que vieram contribuir para uma melhor organização e funcionamento dos serviços de saúde e para a prestação de uma assistência mais completa à clientela. Ao mesmo tempo, sua característica feminina veio, ainda, favorecer a inserção de mulheres no mercado de trabalho qualificado na área da saúde.
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- BAPTISTA, Myrian V. Relembrando histórias. Serviço Social em Revista, Londrina, v. 9, n. 1, p. 1-8, jul./dez. 2006.
RESUMO: Palestra proferida no evento "70 anos de Serviço Social no Brasil", realizado em 24 de outubro de 2006 e promovido pelo Curso de Serviço Social da Universidade Estadual de Londrina – PR.
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- BERTELLI, Edilane.Os não ditos e os vividos: trajetórias masculinas numa "profissão feminina". Seminário Internacional Fazendo Gênero 7. Simpósio Temático 9: Homens, gênero e feminismo. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, ago. 2006.
RESUMO: As reflexões de que trata este estudo partiram de trajetórias masculinas no campo profissional do Serviço Social que se constituiu, em solo brasileiro, na década de 1930, associado ao feminino – e, também, à ação social da Igreja Católica. Centramo-nos nas narrativas de cinco assistentes sociais que ingressaram na formação profissional entre fins da década de 1930 e meados da década de 1950, nas instituições de ensino da cidade de São Paulo – espaço da institucionalização tanto da primeira Escola (1936), a Escola de Serviço Social de São Paulo (ESS/SP), quanto da primeira Escola masculina (1940), o Instituto de Serviço Social de São Paulo (ISS/SP), no Brasil.
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- BETETTO, Heliton. FAPSS: Uma História de 70 anos...Histórico da fundação e evolução do Instituto de Serviço Social, hoje Faculdades Paulista de Serviço Social São Paulo e de São Caetano do Sul. Serviço Social & Sociedade, São Paulo, n. 103, p. 591-595, jul./set. 2010.
RESUMO: Histórico da fundação e evolução do Instituto de Serviço Social hoje Faculdade Paulista de Serviço Social São Paulo e São Caetano do Sul.
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- BULLA, Leonia C. Relações Sociais e a Questão Social na trajetória do Serviço Social Brasileiro. Revista Virtual Textos & Contextos. Porto Alegre, v.2, n. 2, dez. 2003.
RESUMO: Discutem-se, neste artigo, temas que oferecem subsídios para a compreensão das relações sociais peculiares ao sistema social capitalista, estreitamente ligadas à questão social, às origens e ao desenvolvimento do Serviço Social no Brasil. Para estabelecer a relação do Serviço Social com a questão social e com as políticas sociais do Estado, foram focalizados elementos do Estado liberal, do Estado intervencionista, e as funções políticas e sociais do Estado moderno. Foram reconstituídos os processos de institucionalização da profissão, de ampliação do seu mercado de trabalho e a expansão das unidades de ensino de Serviço Social. Revisando-se a trajetória histórica do Serviço Social na sociedade brasileira, são oferecidas luzes para os debates atuais da profissão e seus questionamentos em relação às mudanças projetadas para o futuro.
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- CARLOS, Sérgio A. A Gênese e a estrutura do serviço social brasileiro no período doutrinário católico. 1993. 249f. Tese (Doutorado em Serviço Social) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 1993.
RESUMO: Esta tese examina os textos sobre a história do Serviço Social Latino-Americano e Brasileiro questionando as generalizações formuladas. Mostra-se que não está de todo clara a caracterização e a explicação da gênese e do processo de estruturação do Serviço Social Brasileiro. Com base na metodologia de Lucien Goldmann foram estudados os textos produzidos pelos primeiros assistentes sociais brasileiros até dezembro de 1947, ano de realização do I Congresso Brasileiro de Serviço Social. Identificou-se sete autores significativos, isto é, que expressavam a maior coerência em relação à visão social de mundo contida na totalidade do material produzido. A partir dos autores significativos e, com base na Doutrina Social da Igreja católica, identificou-se a estrutura de visão social de mundo assumida pelos mesmos. Foram analisados os aspectos do homem, da família, da educação, da sociedade, do estado, do governo e do direito e justiça social. Todos se estruturam dentro da perspectiva denominada Democracia Cristã. Da mesma forma foram examinados os conceitos, finalidades, a ação e a formação profissional do assistente social no período. Especial atenção foi dada à discussão: Serviço Social - profissão ou apostolado. Identificou-se alguns pontos divergentes entre os autores, o que prova que a homogeneidade atribuída aos mesmos não corresponde à realidade constatada.
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- COSTA, Lívia V. P. O direito a serviço dos donos do poder: a legislação anticomunista no 1. governo Vargas. 2009. 121f. Dissertação (Mestrado em História Comparada) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009.
RESUMO: Em 1930, após a tomada do poder por Getúlio Vargas, representante das "oligarquias dissidentes", o cenário político-social nacional passa por transformações que acabam por desembocar em novo rearranjo de poder entre o grupo de Vargas e as classes dominantes (tanto a emergente, quanto a tradicional). O novo esquema estabelecido pressupunha que o Estado brasileiro fosse protetor dos interesses das oligarquias, as quais representou na tomada de poder. Contudo, Vargas agiu de modo a buscar fortalecer o poder do Estado em detrimento do poder dos grupos com os quais havia previamente se comprometido. De modo que para efetivar sua empresa, o Estado fez uso de suas atribuições, apoiado em suas principais instâncias superestruturais, notadamente, o Ordenamento Jurídico brasileiro. Vargas sanciona leis com o objetivo de deter possíveis fatores de perturbação da ordem estabelecida em seu Governo. No que diz respeito às instâncias superestruturais de proteção e apoio aos interesses estatais, a legislação repressora (cuja maior expressão é a Lei de Segurança Nacional de 1935 e 1938) possui papel de destaque, muito embora outras instâncias tenham sido mais observadas no período, como, por exemplo, o Departamento de Imprensa e Propaganda e a Polícia Política. Os dois principais objetivos da nossa pesquisa são analisar a relação existente entre a legislação de teor anticomunista e a construção da hegemonia do Estado brasileiro nos anos 1930; e discutir dois momentos importantes da legislação anticomunista, quais sejam, 1935 e 1937.
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- FERREIRA, Camila M. O negro na gênese do serviço social (Brasil, 1936-1947) 2010. 202f. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) – Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010.
RESUMO: O presente estudo propõe-se a analisar o negro na gênese do Serviço Social no Brasil (1936-1947). Com a subproletarização dos negros (resultado do complexo processo que envolve desde a escravidão-abolição até sua periférica inserção nas relações capitalistas) estes foram, de forma geral, mantidos em situações de marginalidade econômica. No entanto, verifica-se a tendência dominante a silenciar sobre a cor nas fontes primárias do Serviço Social. Este é um estudo histórico por meio da pesquisa documental da gênese do Serviço Social das escolas de diretriz confessional de São Paulo. As veladas, mas expressivas, referências presentes nas fontes primárias do Serviço Social em sua gênese sobre negros denotam um código de etiqueta moral que silencia sobre a cor. São, pois, menos as referências esparsas – embora significativas – sobre as relações étnico-raciais no Brasil do que o ocultamento dessa questão nas fontes primárias que permitem afirmar o Serviço Social brasileiro em sua gênese como tributário da ideologia racial dominante. As hipóteses para o calar contundente verificado nas fontes apreciadas baseiam-se tanto no contexto de emergência do Serviço Social como profissão, com ênfase para o projeto reformista conservador vigente no Serviço Social tradicional, como na conjugação da ideologia do branqueamento e do mito da democracia racial. Trata-se, destarte, de atentar para a condição negra como uma das mediações possíveis para auscultar a história no Serviço Social brasileiro, como meio de qualificar as reconstruções históricas sobre esta.
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- FERREIRA, Camila M. A História do Serviço Social Pensada a Partir da "Revista do Padre Saboia"- Revista de Serviço Social – São Paulo. Revista em Pauta, Rio de Janeiro, n.24, p. 253-271, dez. 2009.
RESUMO: O artigo resulta de pesquisa sobre a primeira revista de Serviço Social do Brasil (1939-56), publicada pela Escola de Serviço Social de São Paulo, primeira unidade de ensino do país (1936). Envolvendo os primeiros assistentes sociais mais engajados na Ação Católica e figuras eminentes do período no corpo de editores e colaboradores, a Revista Serviço Social alcançou notoriedade sob a direção do padre Roberto Saboia de Medeiros, passando a ser comumente conhecida como "revista do padre Saboia". A metodologia privilegiou a análise temática dos artigos publicados. A conclusão enfatiza o tratamento conservador dado à relação capital/trabalho, à pobreza, à formação profissional, ao trabalho do assistente social, às relações com o Estado e as visões do país. O estudo mostra também que a Revista Serviço Social é fonte primária privilegiada para o estudo da gênese do Serviço Social no Brasil.
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- MANOEL, Ivan A. A Ação Católica Brasileira: notas para estudo. Acta Scientiarum, Maringá, a.21, n.1, p. 207-215, 1999.
RESUMO: O presente texto discute a criação de paróquias e dioceses no Estado de São Paulo, durante e após o arcebispado de D. Duarte Leopoldo e Silva (1908 - 1938), no contexto dos programas da Ação Católica, desenvolvida a partir do pontificado de Pio X, como estratégia de arregimentação do laicato na luta contra a modernidade e os projetos comunistas.
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- MARCHI, Euclides. Igreja e povo: católicos? Os olhares do Padre Júlio Maria e de Com Sebastião Leme da Silveira Cintra sobre a catolicidade do brasileiro na passagem do Século XIX para o XX. História: Questões & Debates, Curitiba, n. 55, p. 83-110, jul./dez. 2011.
RESUMO: Padre Júlio Maria de Morais Carneiro e Dom Sebastião Leme da Silveira Cintra, em 1898 e 1916, respectivamente, publicaram seus textos nos quais expressavam sua visão de Igreja e dos católicos no final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX. Para o olhar clerical, ao iniciar sua trajetória livre da tutela do Estado, a Igreja encontrava-se em condições organizacionais bastante precárias. A instituição estava desestruturada, o clero pouco afeito às suas funções e os católicos sem compromissos com sua religião e com seus ensinamentos. Ao fazer o diagnóstico dos males que afetavam a sociedade e a Igreja, ambos apontavam remédios e soluções para adequar a catolicidade aos parâmetros exigidos pela implantação das reformas romanizadoras adotadas desde a segunda metade do século XIX e pela contundência dos problemas que afetavam as sociedades mundial e brasileira.
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- PEREIRA, Larissa D. Política educacional brasileira e serviço social: do confessionalismo ao empresariamento da formação professional. 378f. Tese (doutorado em Serviço Social) – Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007.
RESUMO: A presente pesquisa centrou-se em captar como a política educacional mais ampla determinou o surgimento, o desenvolvimento e a expansão de Escolas de Serviço Social (ESSs) no país, desde os anos 1930 até o ano de 2002. A metodologia utilizada consistiu em amplo estudo bibliográfico de pesquisas na área de política educacional, além do resgate da história de cada ESS criada no período em análise, totalizando 123 ESSs. O primeiro capítulo realiza um panorama global do processo de avanço e recuo dos direitos em sua tríplice dimensão e, particularmente, dos direitos sociais, traduzidos nas políticas sociais, relacionandoos com as transformações ocorridas na esfera produtiva da ordem burguesa. Buscase abordar a especificidade da educação como política social no modo de produção capitalista, que se desenvolveu como um direito social articulado às lutas de classes e às exigências produtivas de um maior nível educacional, para a formação de um homem de novo tipo, adaptável ao padrão de produção e de consumo em massa em tempos de Guerra Fria. Consideram-se as transformações societárias ocorridas no pós-1970, decorrentes da crise do padrão de acumulação capitalista erigido no pósguerra, o que causou fortes impactos em todo o mundo. A partir de então, houve a transmutação da educação como direito em educação como "serviço". A educação superior passou a ser um "filão" extremamente lucrativo, especialmente nos países periféricos capitalistas. O segundo capítulo aproxima-se da particularidade brasileira, resgata especificamente a política educacional no pós-1930 e articula o desenvolvimento da educação superior no Brasil com o surgimento das primeiras ESSs. Este segundo capítulo abrange dois períodos da realidade brasileira nos quais surgiram e desenvolveram-se tanto o Serviço Social como as primeiras ESSs: de 1930 a 1945 e de 1946 a 1963. O terceiro capítulo aborda o processo expansivo das instituições de ensino superior privadas na ditadura militar - quando o país inseriu-se definitivamente, de forma periférica e subalternizada, no processo de internacionalização do capital em seu estágio monopolista -, o que atribuiu um papel particular à expansão do setor privado da educação superior. O capítulo abrange o período 1964/1989, de emersão e declínio do regime militar e a transição para um governo civil, até as primeiras eleições diretas no país, em 1989. Tal debate foi articulado com o crescimento de unidades formadoras de assistentes sociais, cuja formação profissional passou por um processo significativo de mudança, condizente com a modernização conservadora implementada pela autocracia burguesa. Com o esgotamento do regime, a profissão e a formação em Serviço Social passaram por um processo de (auto)questionamento, quando se abriu uma fase de ruptura com o histórico conservadorismo profissional. A década de 1990 e o início do século XXI são tratados no quarto capítulo, a partir da análise das profundas transformações operadas na sociedade brasileira durante os governos civis neoliberais, que repercutiram significativamente na política educacional, no ensino superior brasileiro e na expansão de ESSs no país. Na conclusão, é apresentado um balanço da pesquisa realizada, buscando apontar possíveis tendências e desafios para a formação profissional dos assistentes sociais brasileiros.
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- SILVA, Edson G. P. O. Serviço Social e Ação Sócio-pastoral da Igreja Católica: assistência, promoção humana e emancipação social. 2010. 183f. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2010.
RESUMO: A Igreja Católica tem fundamental importância na sociedade brasileira desde sua chegada com a colonização portuguesa até os dias atuais. Além das questões religiosas, vem respondendo por inúmeras ações e serviços assistenciais de atendimento a indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade social. A relação Igreja Católica e Serviço Social inicia-se a partir dos anos 30 com a formação do Centro de Estudos e Ação Social – CEAS, depois com a criação do curso de Serviço Social e fundação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP, e pelas inúmeras iniciativas de ações sociais e pastorais. A ação social eclesial revela-se com ações, serviços, programas, campanhas e projetos concentrados em dimensões como da assistência social, promoção humana e emancipação social. Envolve inúmeros atores institucionais e sujeitos sociais que se dedicam na promoção e garantia da dignidade humana e dos direitos fundamentais à vida. Estas questões são abordadas a partir do Seminário da Caridade promovido pela Arquidiocese de São Paulo a partir do ano 2000. As ações analisadas correspondem aos dados da Região Episcopal Ipiranga.
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- SILVA, Maria I. A Organização Política do Serviço Social no Brasil: de "Vargas"a "Lula". Serviço Social & Realidade, Franca/SP, v.16, n.2, p. 267-282, 2007.
RESUMO: Este artigo tem por objetivo resgatar a construção histórica do processo de organização política do Serviço Social no Brasil, desde seu surgimento na "Era Vargas", junto ao Bloco Católico, sob influência européia, através da Igreja e do tecnicismo norte-americano. A profissão estava fortemente vinculada às classes dominantes, considerando, portanto, que sua organização política era insipiente e inoperante, contribuindo assim para a lógica da produção e reprodução do capital. Este cenário permanece inalterado até o marco de 1979, o III CBAS – Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais, em São Paulo, conhecido como o "congresso da virada", quando a categoria passa a se colocar numa outra perspectiva, como demonstração de resistência à ditadura militar instaurada no Brasil pelo grande capital em 1964, culminando na ruptura com o conservadorismo. Destaque para a elaboração do novo currículo acadêmico, em 1982, cujo foco central é a categoria trabalho, possibilitando então a vinculação desses profissionais com a classe trabalhadora, considerando ainda, a estreita relação da categoria com o PT. Após a Constituição Federal de 1988, conhecida como "Constituição Cidadã", cumpre ressaltar como marco histórico a elaboração do projeto ético-político, isto é, o Código de Ética de 1993, que regulamenta o exercício profissional e as Diretrizes Curriculares para a formação acadêmica, que se mostra incompatível com o governo federal do PT no período pós 2003.
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- SIMOES, Renata D. Integralismo e Ação Católica: sistematizando as propostas politicas e educacionais de Plinio Salgado, Jackson de Figueiredo e Alceu Amoroso Lima no período de 1921 a 1945. 2005. 160f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2005.
RESUMO: Este trabalho constitui um exercício de sistematização do pensamento político e educacional dos autores Jackson de Figueiredo e Alceu Amoroso Lima, representantes católicos de destaque no período de 1921 a 1945, e de Plínio Salgado, Chefe Nacional do movimento social de grande repercussão política que emerge no Brasil na década de 30: a Ação Integralista Brasileira (AIB). Leva em conta que a fase de transição compreendida entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundiais promove significativas transformações nos campos social, político, econômico e cultural brasileiro. Considera relevante investigar, buscar compreender e distinguir melhor as propostas desses pensadores, que dedicaram suas energias políticas e intelectuais à tentativa de estabelecer um modelo de critica autoritária,por vezes fascista, à modernização em curso no País e, freqüentemente, em seus escritos atribuíram um papel estratégico à educação na construção da sociedade que idealizavam. Investiga os escritos dos autores, principalmente aqueles nos quais o pensamento político está exposto em detalhes. Além disso, registra consultas em artigos da revista A Ordem, artigos de jornais integralistas,teses e dissertações relacionadas com a temática em questão, documentos que refletem os caminhos trilhados pelo Movimento Integralista e pela Ação Católica e livros concernentes a tais movimentos. O período a ser estudado, entre 1921 e 1945, tem como justificativa ser a data inicial da publicação da revista A Ordem, uma das fontes selecionadas para este estudo e que era lugar "oficial" de manifestação da militância laica católica,e também a data de inicio da Ação Católica no Brasil. Como justificativa para a data final, aponta que, ao término do Governo ditatorial de Getúlio Vargas, de certa forma, também termina, em termos de pensamento político, a "fase autoritária"de Alceu,critico literário que assume a posição de líder do Laicato brasileiro após a morte de Jackson de Figueiredo, em 1928. Os resultados demonstram que Jackson de Figueiredo, Alceu Amoroso Lima e Plínio Salgado buscaram definir de forma bastante clara os preceitos e limites de seus respectivos pensamentos, distinguindo-se evidentemente dos demais por meio das doutrinas às quais dedicaram energia política. Figueiredo, Lima e Salgado são atores dessa trama e seus pensamentos, transcritos em suas obras e em documentos, são o objeto deste estudo.
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- SOUZA, Luiz A. G. As várias faces da Igreja Católica. Estudos Avançados, São Paulo, v. 18, n.52, set/dez. 2004.
RESUMO: O AUTOR faz um balanço da Igreja Católica nas últimas décadas, fazendo notar diversidades e tensões internas e assinalando sua presença ativa na vida pública brasileira. Examina os vários momentos da relação entre a Igreja e a política. Numa avaliação do momento atual afirma, no sentido contrário de algumas análises, a relevância, ainda hoje, das pastorais sociais e das CEBs. Chama a atenção para uma crise da Igreja no momento presente, em relação a alguns temas que ela mantêm congelados, sobre a mulher, a sexualidade ou o celibato obrigatório dos clérigos. E finaliza com a proposta, atualmente em pauta, de começar o processo de preparação de um futuro concílio.
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- TUEDES, Olenga S. A Compreensão da Pessoa Humana na Gênese do Serviço Social no Brasil: uma influência neotomista. Serviço Social em Revista, Londrina/PR, v.4, n.1, jul./dez./ 2001.
RESUMO: O texto pretende mostrar a influência da concepção de homem veiculada pela doutrina da Igreja Católica, nas primeiras formulações teóricas do Serviço Social no Brasil. Partimos da premissa de que esta concepção inspira um projeto societário e a idealização de uma prática profissional que pretendia ser confluência de doutrina e técnica, a serviço da construção do bem comum. Mostramos que uma das fontes teóricas a partir das quais se constrói atuação profissional a preocupação com a formação profissional, ainda incipientes, é a análise de aspectos constitutivos da pessoa humana na perspectiva neotomista.
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