A próxima figura ilustra alguns detalhes dos esporângios e sua localização na flor. Na figura da esquerda, numa seção transversal de uma antera, podem ser vistos quatro microsporângios. Em cada um deles, algumas células sofrem meiose e originam os micrósporos. Ainda na primeira figura, há o detalhe de um grão de pólen, delimitado pela sua esporoderme (parede especializada dos esporos) cujo conteúdo, o gametófito masculino (resultado de divisões mitóticas da célula do micrósporo) está emitindo o tubo polínico (o qual transportará os gametas masculinos até o óvulo, no interior do carpelo). À direita, em seção longitudinal, está um desenho esquemático do óvulo (ou rudimento seminal)., localizado no interior do ovário. Repare que, protegido pelos tegumentos, encontra-se o megasporângio ou nucelo. Os tegumentos forma um canal estreito, por onde geralmente penetra o tubo polínico: a micrópila. Pode haver um tegumento interno e um externo (óvulos bitégmicos), um único tegumento (óvulos unitégmicos) ou nenhum (atégmicos). Oposta à micrópila, há uma região do óvulo denominada calaza. O funículo une a região calazal à placenta. No nucelo forma-se o megásporo (por meiose) que, ficando retido no interior desse esporângio, passa por sucessivas mitoses e transforma-se no gametófito feminino ou saco embrionário. Por consequência, o gametófito feminino fica "aprisionado" no interior de um esporângio (o megasporângio). Contudo, isso não torna o esporângio uma estrutura de reprodução feminina (ou sexuada). Esse é um dos fatores que leva ao erro de atribuir sexo às flores!!