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Acitocinética (mitose-). Divisão mitótica na qual não ocorre divisão do citoplasma. Gera células com vários núcleos.
Andrófito. Ver microgametófito.
Androgametogênese. Ver microgametogênese.
Androsporângio. O mesmo que microsporângio.
Andrósporo. O mesmo que micrósporo.
Androsporogênese. Ver esporogênese.
Arquespório. Tecido meristemático, localizado no interior dos esporângios das Angiospermas, formado por células no estágio S (síntese, quando ocorre duplicação do ADN) do ciclo celular meiótico (interfase meiótica). Nas células do arquespório, o ciclo normal de divisões mitóticas é cancelado. O termo arquespório é erroneamente usado para o tecido, com características meristemáticas, que dá origem ao tecido esporogênico e à camada parietal primária, no androsporângio. Este tecido é formado pelas células - mãe de arquespório.
Calose. Polímero polissacarídico (ß-1,3-glucanos) encontrado em pequenas quantidades nas paredes celulares de alguns tecidos vegetais, como o floema, depositado em plasmodesmos e sobretudo, o constituinte da parede especial encontrada ao redor dos andrósporos e ginósporos durante a meiose. É uma substância com propriedades especias e grande importância fisiológica, já que pode ser rapidamente sintetizada e degradada com igual facilidade.
Célula generativa. Uma das células do andrófito (gametófito masculino ou grão de pólen) das Angiospermas, com origem comum com a célula vegetativa, a partir da divisão mitótica do andrósporo. É responsável pela formação dos gametas masculinos, após divisão mitótica.
Célula vegetativa. Uma das células do andrófito das Angiospermas, com origem comum com a célula generativa a partir da divisão mitótica da célula do micrósporo. É responsável pela formação do tubo polínico. Também chamada de célula sifonogênica. Ver sifonogamia.
Células-mãe de micrósporo. Ver tecido esporogênico.
Células-mãe de arquespório. Células, de natureza meristemática, localizadas sob a camada parietal primária, originadas a partir das células meristemáticas fundamentais do esporângio. As células-mãe de arquespório podem sofrer diversos ciclos de divisão mitótica ou entrar, diretamente, em interfase meiótica, tornando-se células arquesporiais.
Células-mãe de micrósporo. Ver tecido esporogênico.
Diplobionte. Organismos onde se verificam a alternância de duas gerações independentes.
Diplofase. Parte do ciclo biológico caracterizado pelo número cromossômico diplóide (2n). Nas Angiospermas esta fase é representada pelo esporófito.
Diplontes. Organismos nos quais predomina a diplofase. A haplofase está reduzida aos gametas.
Embrião zigótico. É o embrião originado do desenvolvimento do zigoto. É diplóide e é ele que vai produzir um novo esporófito. Também conhecido simplesmente por embrião, nas Angiospermas passa por diversos estádios de desenvolvimento, passando pelo estádio piriforme, globular, cordiforme, cotiledonar e torpedo.
Embrião xenofítico. Nas Angiospermas, é o embrião extranumerário, resultante do desenvolvimento da célula triplóide após a singamia entre um dos gametas masculinos com a célula média do saco embrionário. Ver endosperma.
Endosperma. Geração auxiliar das Angiospermas. Origina-se da fusão de um dos gametas masculinos (n) com a célula média (2n), no interior do ginófito. O endosperma tem função nutricional e é assimilado pelo embrião zigótico que se desenvolve no interior da semente. Apesar de ser considerado por muitos autores como um dos tecidos que compõem a semente, o endosperma pode ser considerado como um "organismo altruísta" e corresponde à fase triplóide, a triplofase, do ciclo de vida das Angiospermas. Pode ser também chamado de embrião xenofítico ou xenófito.
Endotécio. Um dos estratos que compõem a parede do androsporângio das Angiospermas. Localizado abaixo da epiderme, o endotécio tem como função principal provocar a abertura da antera (deiscência) após a desidratação das suas células. Isto ocorre devido a presença de espessamentos desiguais da parede celular das suas células, muitas vezes na forma de "U" ou "ferradura". Com a perda de água, as célula do endotécio mudam de forma e, juntas, geram uma força mecânica que provoca a abertura da antera numa zona chamada estômio.
Esporângio. Estrutura especializada, formada pelo esporófito, onde originam-se os esporos, através da meiose. Nas Angiospermas, os esporângios são complexos e o número de células vegetativas (estéreis), que compõem a parede do esporângio, é variável. Ver também androsporângio e ginosporângio.
Esporoderme. Parede celular especializada dos esporos e de alguns gametófitos, formando uma "carapaça" que protege contra a dessecação, entre outras funções. Contribuiu para a conquista do ambiente terrestre. Nas Angiospermas é a parede celular especial que envolve os esporos (micrósporos) e os gametófitos masculinos (grãos de pólen. É geralmente estratificada em exina, cujo componente principal é a esporopolenina, e intina, composta por polissacarídios (celulose e substâncias pécticas).
Esporófito. Planta que caracteriza a fase diplóide ou diplofase. Produz estruturas reprodutoras, os esporângios, onde se desenvolvem os esporos, por divisão meiótica. O esporófito é desprovido de sexualidade e, portanto, suas estruturas reprodutoras não são sexuadas. Dessa forma, a flor, formada pelo esporófito das Angiospermas, não é uma estrutura sexual. Ver Flor.
Esporogênese. Etapa da fase diplóide da planta, onde são produzidos os esporos. Acontece no interior dos esporângios. Ver esporófito.
Esporopolenina. Nome dado ao biopolímero altamente insaturado, acetólise-resistente, que compõe a exina. É uma mistura de unidades fundamentais de fenil-propanóides, na forma de ácido p-coumárico, ácidos graxos e carotenóides.
Exina. Estrato mais externo da esporoderme. É a camada que apresenta ornamentações na forma de espinhos, clavas, verrugas, báculas, etc. Devido a sua estrutura táxon-específica, sua morfologia é usada pelos palinologistas e taxonomistas como um importante caráter evolutivo e de classificação. É a camada acetólise-resistente, pois resiste ao tratamento químico a base de ácidos, chamado acetólise. Está composta por esporopolenina.
Flor androginosporangiada. Ver flor perfeita.
Flor androsporangiada. Ver flor estaminada.
Flor completa. Flor que possui todos os verticilos florais férteis (androceu e gineceu) e inférteis (cálice e corola), os quais formam o perianto.
Flor estaminada. Flor imperfeita que apresenta somente o androceu como verticilo fértil.
Flor ginosporangiada. Ver flor pistilada.
Flor hermafrodita. O caráter assexuado da flor, erroneamente confundido como sexuado, torna o termo "flor hermafrodita" tecnicamente incorreto. Ver flor perfeita.
Flor imperfeita. Flor que apresenta a ausência do androceu ou do gineceu. Quando o gineceu está ausente a flor é chamada de imperfeita estaminada, dióica estaminada ou androsporangiada. Se o androceu está ausente a flor é chamada de imperfeita pistilada, dióica pistilada ou ginosporangiada.
Flor incompleta. Flor onde pelo menos um dos verticilos florais está ausente.
Flor perfeita. Flor que apresenta gineceu e androceu reunidos em uma única flor. A flor perfeita possui uma condição bispórica quanto à esporidade. Erroneamente chamada de flor hermafrodita. O mesmo que flor androginosporangiada.
Flor pistilada. Flor imperfeita que apresenta somente o gineceu como verticilo fértil.
Gametângio. Estrutura especializada, formada pelo gametófito, onde originam-se os gametas, através de mitose. É uma estrutura de reprodução sexuada. A estrutura especializada que produz gametas masculinos é o anterídio. Os gametas femininos são originados no arquegônio. Nas Briófitas e Pteridófitas, os gametângios são complexos e o número de células vegetativas (estéreis), que compõem a sua parede, é variável. Nas Angiospermas, os gametângios são reduzidos a poucas células e são formados prematuramente (neotenia). Pode-se dizer que o arquegônio é tetracelular, formado pelas sinérgides (homólogas às células do colo), pela oosfera (homóloga à célula do ventre das Gimnospermas) e por um dos núcleos polares (homólogo à oosfera das Gimnospermas). Já o anterídio é tricelular. A parede anteridial é unicelular, formado pela célula vegetativa que encerra os dois gametas. Esta mesma célula forma o tubo polínico.
Gametas. Célula haplóide diferenciada, com função sexual. Após a fusão com outro gameta, origina o zigoto. Nas Angiospermas, dois gametas masculinos são produzidos e apresentam um citoplasma muito reduzido. Ambos são originados a partir da célula generativa do gametófito masculino, no interior do grão de pólen ou no tubo polínico. Os gametas femininos, nas Angiospermas, são a oosfera e a célula média do saco embrionário.
Gametófito. Planta que caracteriza a fase haplóide ou haplofase, que produz estruturas reprodutoras, os gametângios, onde se desenvolvem os gametas, originados por divisão mitótica. O gametófito apresentam sexualidade, o que o distingue do esporófito, assexuado. Nas Angiospermas, o gametófito masculino é o mcrogametófito, andrófito ou grão de pólen, enquanto que o gametófito feminino é o megagametófito, ginófito ou saco embrionário.
Gametogênese. Etapa da fase haplóide da planta onde são produzidos os gametas masculinos (androgametogênese) e femininos (ginogametogênese), por mitose. Acontece no interior dos gametângios. Ver gametófito.
Geração. Período dentro de um ciclo de vida de um organismo, originado de uma sucessiva série de divisões mitóticas de uma célula primordial (o zigoto, por exemplo). Constitui-se, assim, numa fase pluricelular vegetativa ou numerosas células livres, nos organismos unicelulares.
Ginófito. Ver megagametófito.
Ginogametogênese. Ver gametogênese.
Ginosporângio. Ver megasporângio.
Ginósporo. Ver megásporo.
Ginosporogênese. Ver esporogênese.
Grão de pólen. O microgametófito ou gametófito masculino das Angiospermas. Em palinologia, refere-se predominantemente à esporoderme, geralmente a exina.
Haplodiplontes. Organismos nos quais a haplofase e a diplofase estão bem separadas por fases mais ou menos prolongadas.
Haplofase. Parte do ciclo biológico caracterizado pelo número cromossômico haplóide (n). Nas Angiospermas esta fase é representada pelos gametófitos masculino e feminino.
Haplontes. Organismos nos quais predomina a haplofase. A diplofase é reduzida ao zigoto.
Heterosporado. Diz-se daquele organismo diplóide (esporófito) que produz, após meiose no interior dos seus esporângios, dois tipos de esporos: os micrósporos (ou os andrósporos e os megásporos (ou ginósporos).
Intina. Estrato polissacarídico da esporoderme. É o estrato mais interno e sua estrutura e composição varia nos diferentes táxons das Angiospermas. Pode apresentar sub-estratos (endintina, exintina). Nas zonas de abertura do grão do pólen, por onde emerge o tubo polínico, a intina é normalmente mais espessa e forma o chamado oncus da intina.
Isosporado. Diz-se daquele organismo diplóide (esporófito) que produz, após meiose no interior dos seus esporângios, apenas um único tipo de esporo. O contrário de heterosporado.
Megagametófito. É a planta sexuada feminina ou gametófito feminino ou pé feminino. Nas Angiospermas, o megagametófito é o saco embrionário cujo tipo mais comum está formado por sete células: a oosfera, duas sinérgides, a célula média e três antípodas. É o resultado da "germinação" endospórica do ginósporo. O mesmo que ginófito.
Megasporângio. Esporângio onde se desenvolvem os megásporos. Nas Angiospermas, é o nucelo. O mesmo que ginosporângio.
Megásporo. Célula haplóide resultante da divisão meiótica da célula-mãe de megásporos, no interior do ginosporângio. Ao "germinar" origina o gametófito feminino, o saco embrionário ou ginófito. O mesmo que ginósporo.
Microgametófito. É a planta sexuada masculina ou gametófito masculino ou pé masculino. Nas Angiospermas, o microgametófito é o grão de pólen e está reduzido a duas células (a células vegetativa e a generativa) ou três células (a célula vegetativa e os dois gametas). É o resultado da "germinação" endospórica do micrósporo, a qual acontece no interior da esporoderme. O mesmo que andrófito.
Microsporângio. Esporângio onde se desenvolvem os micrósporos. Nas Angiospermas, os microsporângios (associados ou divididos por septos estéreis, juntamente com o conectivo) compõem a antera. A parede do microsporângio geralmente está estratificada em epiderme, endotécio, camada(s) média(s) e tapete.
Micrósporo. Célula haplóide resultante da divisão meiótica do célula-mãe de micrósporo, no interior dos microsporângios. Ao "germinar", origina o gametófito masculino ou andrófito. A formação do micrósporo representa o início da haplofase nas Angiospermas e é o resultado da microsporogênese. O mesmo que andrósporo.
Nucelo. É o megasporângio..
Oosfera. Um dos gametas femininos. Nas Angiospermas, localiza-se no interior do saco embrionário, próximo à micrópila do rudimento seminal (pólo micropilar), juntamente com as sinérides. Durante a fecundação, fusiona-se com um dos gametas masculinos, originando o zigoto.
Orbículos. Corpos esféricos ou de formato variado que recobrem a superfície loculares das células do tapete secretor. São compostos por esporopolenina e são considerados homólogos com a sexina, a sub-camada mais externa da exina.
Óvulo. Ver rudimento seminal.
Primexina. O primeiro estrato polissacarídico (celulose e substâncias pécticas) que é formado ao redor dos micrósporos após a citocinese no final da meiose II. Esta camada está relacionada à determinação do padrão da exina e formação das aberturas, local por onde o tubo polínico irá emergir.
Rudimento seminal. Estrutura esporofítica composta pelo nucelo, por um ou dois tegumentos, pela calaza e funículo. Localiza-se no interior do ovário e prende-se à placenta através do funículo. O mesmo que óvulo.
Saco embrionário. O ginófito, megagametófito ou gametófito feminino das Angiospermas. Geralmente formado por sete células: duas sinérgides, a oosfera, a célula média e três antípodas.
Sifonogamia. Tipo de fecundação, encontrada nas Gimnospermas e Angiospermas, onde o transporte dos gametas masculinos até o gametófito feminino se dá através do citoplasma de uma célula que se alonga. Nas Angiospermas, esta célula é a célula vegetativa ou célula sifonogênica e forma o tubo polínico.
Tapete. Um dos estratos do microsporângio. É a ultima camada da parede da antera nas Angiospermas. Geralmente formado por células poliplóides (4n, 8n, 16n ou mais), este estrato tem entre outras funções nutrir os grãos de pólen em desenvolvimento, produzir enzimas (como a calase), precursores de esporopolenina e o pollenkitt.
Tecido esporogênico. Tecido composto por células localizadas no interior dos microsporângios, no estágio de prófase meiótica (fase M, meiose). O mesmo que células arquesporiais ou células - mãe de andrósporo. Alguns autores denominam esse tecido de arquespório secundário.
Triplobiontes. Organismos com ciclo de vida com três gerações. Nas Angiospermas, os três ciclos biológicos apresentam a alternância de três fases nucleares (haplofase, diplofase e triplofase).
Triplofase. Parte do ciclo biológico caracterizado pelo número cromossômico triplóide (3n). Nas Angiospermas é representada pelo endosperma.
Xenófito. Ver endosperma.
Zigoto. Célula diplóide formada a partir da singamia entre um dos gametas masculinos, produzidos pela gametófito masculino, e a oosfera (um dos gamentas femininos).