Durante a megasporogênese, em cada rudimento seminal, uma das células do interior do nucelo diferencia-se em uma célula inicial esporogênica (ou célula arquesporial, compondo um tecido arquesporial ou arquespório), apresentando citoplasma denso e núcleo proeminente. Sem dar origem a qualquer célula parietal, a célula arquespórica passa a funcionar como célula-mãe dos megásporos (CMMeg).
Geralmente, no estágio meiótico, as margens do tegumento se encontram no topo do nucelo. A CMMeg sofre meiose. Após a meiose, a citocinese é mais uma vez acompanhada de deposição de calose sobre ambos os lados das novas paredes transversais. Apenas um megásporo é funcional, gradualmente aumentando em volume, enquanto que os outros megásporos se degeneram. Esse tipo de megasporogênese é denominada monospórica. Entretanto, podem ocorrer casos de ausência de citocinese, levando a formação de cenócitos bi ou tetranucleados. Nessas condições, teremos gametófitos femininos de origem monospórica, bispórica e tetraspórica, dependendo o tipo de padrão de meiose sofrida pela célula-mãe de megásporo.
Na sequência de desenhos esquemático acima, estão representadas as tranformações ocorridas com a célula-mãe de megásporo (1) até a formação da tétrade de megásporos (8) após a meiose, no interior do nucelo. Na sequência, em 2, a célula-mãe de megásporo entra em prófase I, com a deposição de calose junto à parede primária; em 3 e 4, metáfase I e anáfase I, respectivamente; em 5, o final da meiose I, com citocinese intermediária e depósito de calose entre os núcleos; em 6 e 7, metáfase II e anáfase II, respectivamente; em 8, tétrade de megásporos, com configuração linear. Neste exemplo, três dos megásporos abortam e apenas um (megásporo viável) originará o gametófito feminino ou saco embrionário.