Sinopse: O filme tem como ponto central a história de Diogo Álvares, artista português, pintor talentoso, responsável por uma das lendas que povoam a mitologia brasileira — a do Caramuru. Antes, porém, Diogo é responsável por uma confusão envolvendo os mapas que seriam usados nas viagens de Pedro Álvares Cabral. Contratado por Dom Jaime, o cartógrafo do rei, para ilustrar o precioso documento, ele acaba sendo joguete de uma francesa, Isabelle, que vive na corte em busca de ouro, poder e bons relacionamentos. Ela rouba-lhe o mapa e o artista é deportado. Na viagem, Diogo conhece Heitor, um degredado cult, quase precursor do que hoje em dia se conhece como mochileiro. Como muitas caravelas que se arriscavam, a de Vasco de Atahyde naufraga. Mas Diogo consegue chegar ao Brasil e o infortúnio acaba sendo um auxílio para dar início à história de amor entre ele e Paraguaçu, a índia que conhece ao chegar ao novo mundo, ao paraíso bíblico sonhado. Mais tarde, a história do náufrago iria se espalhar, assim como a lenda de que ele foi o primeiro rei do Brasil. O romance entre o descobridor e a nativa é, de fato, a história do triângulo amoroso entre Diogo, Paraguaçu e sua irmã Moema. Os três viviam em perfeita harmonia, sob os olhares do cacique Itaparica. Algum tempo depois, Diogo viaja para França para ser "condecorado" rei. Apaixonadas, Paraguaçu e Moema mergulham no mar atrás da caravela, mas só Paraguaçu chega à embarcação. Ela e Diogo continuam sua história de amor, com todos os impactos da cultura europeia na vida de uma linda índia.
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Sinopse: Hans Staden (Carlos Evelyn) um imigrante alemão que naufragou no litoral de Santa Catarina. Dois anos depois, chegou a São Vicente, concentração da colônia portuguesa no Brasil, onde trabalhou por mais dois anos, visando juntar dinheiro para retornar Europa. Neste tempo em que viveu em São Vicente, Staden passou a ter um escravo da tribo Carijó, que o ajudava. Preocupado com seu sumiço repentino após ter ido pescar, Staden parte em sua procura, sendo encontrado por sete índiso Tupinambás, inimigos dos portugueses, que o prendem no intuito de matá-lo e devorá-lo. a partir de então que passa a ter que arranjar meios para convencer os índios a não devorá-lo e permanecer vivo.
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Sinopse: Um casal de missionários e seu filho pequeno embrenham-se na selva amazônica brasileira para catequisar índios ainda arredios à noção de Deus. Martin Quarrier (Aidan Quinn) é sociólogo e termina sendo motivado pelas experiências de outro casal, os Huben. As intenções religiosas e a harmonia entre brancos e índios no local ficam instáveis devido à presença de Lewis Moon (Tom Berenger), um mercenário descendente dos índios americanos.
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Esta exposição coloca em perspectiva a multiplicidade de olhares que a Europa tem realizado sobre as culturas da África, América e Oceania, descobertas por mar, principalmente desde a Renascença até o presente.
Verdadeiro manifesto para o novo museu, que levanta a questão da alteridade através de um conjunto único de objetos. Ídolos, ornamentos exóticos, fetiches, esculturas primitivas traçam a diversidade de abordagens que iniciam uma história da cultura ocidental em sua relação com o outro, às vezes percebida como sendo original, puro e inocente, por vezes, tão selvagem ou o canibal com instintos sanguinários.
As peças europeias são igualmente apresentadas para uma melhor compreensão do contexto em que os trabalhos de outras culturas foram recebidos. Este passeio através do tempo e do espaço convida a acompanhar as transformações destas relações, entre a admiração e reverência, curiosidade e fantasia, desprezo e reconhecimento.
Curador: Yves LE FUR
Coordenação do projeto: Hélène CERUTTI
Arquitetos: Stéphane MAUPIN, Nicolas HUGON
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Um dos destaques da exposição espetacular Uma visão do outro, foi a coleção inédita de 120 fotografias, originárias das principais coleções etnográficas francesas, incluindo o acervo fotográfico do Museu do quai Branly. Através de retratos e paisagens, que em sua maioria datam do século XIX, a exposição mostra como o olhar do homem ocidental sobre o "outro" se modificou através da fotografia etnográfica; estes documentos adquiriram doravante o status de verdadeiras obras de arte. No catálogo, primeiramente são apresentadas as imagens, organizados de acordo com as grandes partes da exposição (pessoas físicas, construção da realidade, captura do espaço ...). Na sequencia seguem os "comentários", através das obras de três especialistas que discutem por sua vez, o status dessas fotografias e a história em que estão inseridas. Este catálogo inaugura uma série de livros que serão dedicados às coleções fotográficas do Museu do quai Branly, e é a ocasião da publicação de fotografias inéditas do novo acervo, assim como de outras coleções francesas.
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Partindo de uma análise de textos escritos pelos exploradores europeus do século XVI - cujas observações constituem a pré-história da Antropologia -, este livro tem o objetivo de coloca o leitor em contato com as idéias de Durkheim e Mauss. A seguir, é a vez de conhecer as tendências teóricas e contemporâneas, que são detalhadas para possa ser desvendada a especificidade da prática antropológica.
"Histoire d'un voyage fait en la terre du Bresil, dite Amerique" no título original em francês, (algo como História de uma viagem feita à Terra do Brasil, chamada também de América, em português), é uma obra literária escrita pelo pastor, missionário e escritor francês Jean de Léry (Lamargelle, Côte-d'Or, França, c.1534 - L'Isle, Suíça, c.1613). Considerada uma das grandes obras em meio à literatura de viajantes francesa do século XVI, o autor relata as experiências vividas em meio à presença de quase um ano na França Antártica, projeto efêmero de colonização francesa ao sul do Brasil, na Baía da Guanabara, no que é atualmente o Rio de Janeiro. A edição original é de 1578 e contém uma dedicatória ao Conde de Coligny, uma série de sonetos elogiando o livro e um prefácio. O texto em si consiste de vinte e dois capítulos, sendo que os seis primeiros são dedicados à partida, viagem, e chegada ao Brasil. Nos capítulos de sete a vinte seguem a descrição do país e seu povo, e os dois últimos capítulos são dedicados àviagem de regresso. A obra destaca-se pela descrição da flora e fauna do Brasil, bem como pela vida dos indígenas. A narrativa é considerada tão bem detalhada que o antropólogo Claude Levi-Strauss referiu-se à "Histoire..." como "o breviário do etnógrafo". Léry serviu ainda de inspiração para o famoso ensaio de Michel de Montaigne "Des caniballes." A vida de Jean de Léry mudou radicalmente quando ele decidiu acompanhar um grupo de fiéis e ministros protestantes rumo ao Brasil em 1556. Pouco se sabe a respeito de sua vida antes desta viagem, mas parece improvável que ele seja oriundo de uma importante família ou que tenha recebido uma educação mais elaborada. Acredita-se que ele tenha trabalhado como sapateiro em Genebra e estudado teologia. Léry partiu para o Brasil com outros treze companheiros em novermbro de 1556, com destino à colônia fundada um ano antes por Nicolas Durand de Villegagnon. Apesar de ter prometido liberdade religiosa aos protestantes (a col ônia era composta por católicos e protestantes, e também por europeus de várias nacionalidades), Villegagnon rapidamente começou a contestar as crenças destes e a persegui-los. Depois de oito meses, os protestantes resolveram deixar a colônia, localizada em uma ilha na Baía de Guanabara e passaram dois meses vivendo no continente, em estreita proximidade aos índios Tupinambá da região. O regresso à Europa, em um navio de condições precárias tornou a viagem angustiante. Essas experiências serviram de base para a composição da "Histoire...".
DE LÉRY, Jean. Fac-símile da "Histoire d'un voyage fait en la terre du Bresil, dite Amerique" (em francês). Disponível em: Clique aqui. Acesso em: 27 ago. 2015.
Viagens ultramarinas, naufrágios, selvagens, lutas e canibalismo. Hans Staden narra os acontecimentos com simplicidade e nos faz imaginar o Brasil do séc.XVI, através do olhar dos primeiros que aqui estiveram. É um relato cheio de peripécias nessa terra ainda desconhecida, cenário de aventuras verídicas e extraordinárias. Hans Staden foi um arcabuzeiro alemão que fez duas viagens ao Brasil entre 1547 e 1555. A primeira foi num navio português que comercializava o pau-brasil. Na segunda viagem o destino era o Rio da Prata. Essa expedição foi interrompida pelo naufrágio do navio e de sua tripulação em Santa Catarina. Hans Staden se salvou. Depois de longa jornada, chegou em Bertioga e ficou encarregado de proteger o Forte Santo Amaro das ofensivas dos inimigos. Mas um dia foi surpreendido pelos tupinambá. Aliado dos franceses, esses índios eram canibais prontos para devorar os portugueses que tentavam escravizá-los. Hans Staden foi confundido com um português e passou nove meses em cativeiro entre os selvagens. Durante todo esse tempo, ele viveu na tribo, observou os costumes indígenas e usou de artimanhas para driblar aqueles que queriam devorá-lo. Em 1555 voltou para a Europa num navio francês e escreveu o livro.
O Guarani (originalmente: O Guarany - Romance Brasileiro) é um romance escrito por José de Alencar, desenvolvido em princípio emfolhetim, de fevereiro a abril de 1857, no Correio Mercantil, para no fim desse ano, ser publicado como livro, com alterações mínimas em relação ao que fora publicado em folhetim. A obra se articula a partir de alguns fatos: a devoção e fidelidade de Peri, índio goitacá, a Cecília de Mariz; o amor de Isabel por Álvaro, e o amor deste por Cecília; a morte acidental de uma índia aimoré por D. Diogo e a consequente revolta e ataque dos aimor és, tudo isso ocorrendo com uma rebelião dos homens de D. Antônio de Mariz, liderados pelo ex-frei Loredano, homem ambicioso e mau-caráter, que deseja saquear a casa e raptar Cecília. Álvaro, que já conhecia o amor de Isabel por ele e também já a amava, se machuca na batalha contra os aimorés. Isabel, vendo o corpo do amado tenta se matar asfixiada junto com o corpo de Álvaro, quando o vê vivo tenta salvá-lo, porém ele não permite e morrem juntos. Durante o ataque, D. Antônio, ao perceber que não havia mais condições de resistir, incumbe Peri à salvar Cecília, após tê-lo batizado como cristão. Os dois partem, com Ceci adormecida e Peri vê, ao longe, a casa explodir. A Cecília só resta Peri. Durante dias Peri e Cecília rumam para destino desconhecido e são surpreendidos por uma forte tempestade, que se transforma em dilúvio. Abrigados no topo de uma palmeira, Cecília espera a morte chegar, mas Peri conta uma lenda indígena segundo a qual Tamandaré e sua esposa se salvaram de um dilúvio abrigando-se na copa de uma palmeira desprendida da terra e alimentando-se de seus frutos. Ao término da enchente, Tamandaré e esposa descem e povoam a Terra. As águas sobem, Cecília se desespera. Peri com uma grande força arranca a palmeira e faz dela uma canoa para poderem continuar pelo rio, deixando subentendido que a lenda de Tamandaré se repetiu com Peri e Cecília.