Propostas de Atividades

Atividade 1 - Estranhamentos e familiaridades

Leia o texto abaixo e após reflita sobre as seguintes questões:
- Quais elementos da cultura dos Nacirema lhe provocaram estranhamentos?
- Quais elementos da cultura dos Nacirema lhe provocaram familiaridade?
- Quais aproximações podemos fazer entre a cultura dos Nacirema e nossa própria cultura?



RITOS CORPORAIS ENTRE OS NACIREMA

Horace Miner
In: A.K. Rooney e P.L. de Vore (orgs) YOU AND THE OTHERS - Readings in Introductory Anthropology (Cambridge, Erlich)
1976

O antropólogo está tão familiarizado com a diversidade das formas de comportamento que diferentes povos apresentam em situações semelhantes, que é incapaz de surpreender-se mesmo em face dos costumes mais exóticos. De fato, se nem todas as combinações logicamente possíveis de comportamento foram ainda descobertas, o antropólogo bem pode conjeturar que elas devam existir em alguma tribo ainda não descrita.

Deste ponto de vista, as crenças e práticas mágicas dos Nacirema apresentam aspectos tão inusitados que parece apropriado descrevê-los como exemplo dos extremos a que pode chegar o comportamento humano. Foi o Professor Linton, em 1936, o primeiro a chamar a atenção dos antropólogos para os rituais dos Nacirema, mas a cultura desse povo permanece insuficientemente compreendida ainda hoje.

Trata-se de um grupo norte-americano que vive no território entre os Cree do Canadá, os Yaqui e os Tarahumare do México, e os Carib e Arawak das Antilhas. Pouco se sabe sobre sua origem, embora a tradição relate que vieram do leste. Conforme a mitologia dos Nacirema, um herói cultural, Notgnihsaw, deu origem à sua nação; ele é, por outro lado, conhecido por duas façanhas de força: ter atirado um colar de conchas, usado pelos Nacirema como dinheiro, através do rio Po- To- Mac e ter derrubado uma cerejeira na qual residiria o Espírito da Verdade.

A cultura Nacirema caracteriza-se por uma economia de mercado altamente desenvolvida, que evolui em um rico habitat. Apesar do povo dedicar muito do seu tempo às atividades econômicas, uma grande parte dos frutos deste trabalho e uma considerável porção do dia são dispensados em atividades rituais. O foco destas atividades é o corpo humano, cuja aparência e saúde surgem como o interesse dominante no ethos deste povo. Embora tal tipo de interesse não seja, por certo, raro, seus aspectos cerimoniais e a filosofia a eles associadas são singulares.

A crença fundamental subjacente a todo o sistema parece ser a de que o corpo humano é repugnante e que sua tendência natural é para a debilidade e a doença. Encarcerado em tal corpo, a única esperança do homem é desviar estas características através do uso das poderosas influências do ritual e do cerimonial. Cada moradia tem um ou mais santuários devotados a este propósito. Os indivíduos mais poderosos desta sociedade têm muitos santuários em suas casas e, de fato, a alusão à opulência de uma casa, muito freqüentemente, é feita em termos do número de tais centros rituais que possua. Muitas casas são construções de madeira, toscamente pintadas, mas as câmeras de culto das mais ricas têm paredes de pedra. As famílias mais pobres imitam as ricas, aplicando placas de cerâmica às paredes de seu santuário.

Embora cada família tenha pelo menos um de tais santuários, os rituais a eles associados não são cerimônias familiares, mas sim cerimônias privadas e secretas. Os ritos, normalmente, são discutidos apenas com as crianças e, neste caso, somente durante o período em que estão sendo iniciadas em seus mistérios. Eu pude, contudo, estabelecer contato suficiente com os nativos para examinar estes santuários e obter descrições dos rituais.

O ponto focal do santuário é uma caixa ou cofre embutido na parede. Neste cofre são guardados os inúmeros encantamentos e poções mágicas sem os quais nenhum nativo acredita que poderia viver. Tais preparados são conseguidos através de uma serie de profissionais especializados, os mais poderosos dos quais são os médicos-feiticeiros, cujo auxilio deve ser recompensado com dádivas substanciais. Contudo, os médicos-feiticeiros não fornecem a seus clientes as poções de cura; somente decidem quais devem ser seus ingredientes e então os escrevem em sua linguagem antiga e secreta. Esta escrita é entendida apenas pelos médicos-feiticeiros e pelos ervatários, os quais, em troca de outra dadiva, providenciam o encantamento necessário. Os Nacirema não se desfazem do encantamento após seu uso, mas os colocam na caixa-de-encantamento do santuário doméstico. Como tais substâncias mágicas são especificas para certas doenças e as doenças do povo, reais ou imaginárias, são muitas, a caixa-de-encantamentos está geralmente a ponto de transbordar. Os pacotes mágicos são tão numerosos que as pessoas esquecem quais são suas finalidades e temem usá-los de novo. Embora os nativos sejam muito vagos quanto a este aspecto, só podemos concluir que aquilo que os leva a conservar todas as velhas substâncias é a idéia de que sua presença na caixa-de-encantamentos, em frente à qual são efetuados os ritos corporais, irá, de alguma forma, proteger o adorador.

Abaixo da caixa-de-encantamentos existe uma pequena pia batismal. Todos os dias cada membro da família, um após o outro, entra no santuário, inclina sua fronte ante a caixa-de-encantamentos, mistura diferentes tipos de águas sagradas na pia batismal e procede a um breve rito de ablução. As águas sagradas vêm do Templo da Água da comunidade, onde os sacerdotes executam elaboradas cerimônias para tornar o líquido ritualmente puro.

Na hierarquia dos mágicos profissionais, logo abaixo dos médicos-feiticeiros no que diz respeito ao prestígio, estão os especialistas cuja designação pode ser traduzida por "sagrados-homens-da-boca". Os Nacirema têm um horror quase que patológico, e ao mesmo tempo fascinação, pela cavidade bucal, cujo estado acreditam ter uma influência sobre todas as relações sociais. Acreditam que, se não fosse pelos rituais bucais seus dentes cairiam, seus amigos os abandonariam e seus namorados os rejeitariam. Acreditam também na existência de uma forte relação entre as características orais e as morais: Existe, por exemplo, uma ablução ritual da boca para as crianças que se supõe aprimorar sua fibra moral.

O ritual do corpo executado diariamente por cada Nacirema inclui um rito bucal. Apesar de serem tão escrupulosos no cuidado bucal, este rito envolve uma prática que choca o estrangeiro não iniciado, que só pode considerá-lo revoltante. Foi-me relatado que o ritual consiste na inserção de um pequeno feixe de cerdas de porco na boca juntamente com certos pós mágicos, e em movimentá-lo então numa série de gestos altamente formalizados. Além do ritual bucal privado, as pessoas procuram o mencionado sacerdote-da-boca uma ou duas vezes ao ano. Estes profissionais têm uma impressionante coleção de instrumentos, consistindo de brocas, furadores, sondas e aguilhões. O uso destes objetos no exorcismo dos demônios bucais envolve, para o cliente, uma tortura ritual quase inacreditável. O sacerdote-da-boca abre a boca do cliente e, usando os instrumentos acima citados, alarga todas as cavidades que a degeneração possa ter produzido nos dentes. Nestas cavidades são colocadas substâncias mágicas. Caso não existam cavidades naturais nos dentes, grandes seções de um ou mais dentes são extirpadas para que a substância natural possa ser aplicada. Do ponto de vista do cliente, o propósito destas aplicações é tolher a degeneração e atrair amigos. O caráter extremamente sagrado e tradicional do rito evidencia-se pelo fato de os nativos voltarem ao sacerdote-da-boca ano após ano, não obstante o fato de seus dentes continuarem a degenerar.

Esperemos que quando for realizado um estudo completo dos Nacirema haja um inquérito cuidadoso sobre a estrutura da personalidade destas pessoas, Basta observar o fulgor nos olhos de um sacerdote-da- boca, quando ele enfia um furador num nervo exposto, para se suspeitar que este rito envolve certa dose de sadismo. Se isto puder ser provado, teremos um modelo muito interessante, pois a maioria da população demonstra tendências masoquistas bem definidas.

Foi a estas tendências que o Prof. Linton (1936) se referiu na discussão de uma parte específica dos ritos corporal que é desempenhada apenas por homens. Esta parte do rito envolve raspar e lacerar a superfície da face com um instrumento afiado. Ritos especificamente femininos têm lugar apenas quatro vezes durante cada mês lunar, mas o que lhes falta em freqüência é compensado em barbaridade. Como parte desta cerimônia, as mulheres usam colocar suas cabeças em pequenos fornos por cerca de uma hora. O aspecto teoricamente interessante é que um povo que parece ser preponderantemente masoquista tenha desenvolvido especialistas sádicos.

Os médicos-feiticeiros têm um templo imponente, ou latipsoh, em cada comunidade de certo porte. As cerimônias mais elaboradas, necessárias para tratar de pacientes muito doentes, só podem ser executadas neste templo. Estas cerimônias envolvem não apenas o taumaturgo, mas um grupo permanente de vestais que, com roupas e toucados específicos, movimentam-se serenamente pelas câmaras do templo.

As cerimonias latipsoh são tão cruéis que é de surpreender que uma boa proporção de nativos realmente doentes que entram no templo se recuperem. Sabe-se que as crianças pequenas, cuja doutrinação ainda é incompleta, resistem às tentativas de levá-las ao templo, porque "é lá que se vai para morrer". Apesar disto, adultos doentes não apenas querem mas anseiam por sofrer os prolongados rituais de purificação, quando possuem recursos para tanto. Não importa quão doente esteja o suplicante ou quão grave seja a emergência, os guardiões de muitos templos não admitirão um cliente se ele não puder dar uma dádiva valiosa para a administração. Mesmo depois de ter-se conseguido a admissão, e sobrevivido às cerimônias, os guardiães não permitirão ao neófito abandonar o local se ele não fizer outra doação.

O suplicante que entra no templo é primeiramente despido de todas as suas roupas. Na vida cotidiana o Nacirema evita a exposição de seu corpo e de suas funções naturais. As atividades excretoras e o banho, enquanto parte dos ritos corporais, são realizados apenas no segredo do santuário doméstico. Da perda súbita do segredo do corpo quando da entrada no latipsoh, podem resultar traumas psicológicos. Um homem, cuja própria esposa nunca o viu em um ato excretor, acha-se subitamente nu e auxiliado por uma vestal, enquanto executa suas funções naturais num recipiente sagrado. Este tipo de tratamento cerimonial é necessário porque os excreta são usados por um adivinho para averiguar o curso e a natureza da enfermidade do cliente. Clientes do sexo feminino, por sua vez, têm seus corpos nus submetidos ao escrutínio, manipulação e aguilhadas dos médicos-feiticeiros.

Poucos suplicantes no templo estão suficientemente bons para fazer qualquer coisa além de jazer em duros leitos. As cerimônias diárias, como os ritos do sacerdote-da-boca, envolvem desconforto e tortura. Com precisão ritual as vestais despertam seus miseráveis fardos a cada madrugada e os rolam em seus leitos de dor enquanto executam abluções, com os movimentos formais nos quais estas virgens são altamente treinadas. Em outras horas, elas inserem bastões mágicos na boca do suplicante ou o forçam a engolir substâncias que se supõe serem curativas.

De tempos em tempos o médico-feiticeiro vem ver seus clientes e espeta agulhas magicamente tratadas em sua carne. O fato de que estas cerimônias do templo possam não curar, e possam mesmo matar o neófito, não diminui de modo algum a fé das pessoas no médico feiticeiro.

Resta ainda um outro tipo de profissional, conhecido como um "ouvinte". Este "doutor-bruxo" tem o poder de exorcizar os demônios que se alojam nas cabeças das pessoas enfeitiçadas. Os Nacirema acreditam que os pais enfeitiçam seus próprios filhos; particularmente, teme-se que as mães lancem uma maldição sobre as crianças enquanto lhes ensinam os ritos corporais secretos. A contra-magia do doutor bruxo é inusitada por sua carência de ritual. O paciente simplesmente conta ao "ouvinte" todos os seus problemas e temores, principalmente pelas dificuldades iniciais que consegue rememorar. A memória demonstrada pelos Nacirema nestas sessões de exorcismo é verdadeiramente notável. Não é incomum um paciente deplorar a rejeição que sentiu, quando bebê, ao ser desmamado, e uns poucos indivíduos reportam a origem de seus problemas aos feitos traumáticos de seu próprio nascimento.

Como conclusão, deve-se fazer referência a certas práticas que têm suas bases na estética nativa, mas que decorrem da aversão profunda ao corpo natural e suas funções. Existem jejuns rituais para tornar magras pessoas gordas, e banquetes cerimoniais para tornar gordas pessoas magras. Outros ritos são usados para tornar maiores os seios das mulheres que os têm pequenos e torná-los menores quando são grandes. A insatisfação geral com o tamanho do seio é simbolizada no fato de a forma ideal estar virtualmente além da escala de variação humana. Umas poucas mulheres, dotadas de um desenvolvimento hipermamário quase inumano, são tão idolatradas que podem levar uma boa vida simplesmente indo de cidade em cidade e permitindo aos embasbacados nativos, em troca de uma taxa, contemplarem-nos.

Já fizemos referência ao fato de que as funções excretoras são ritualizadas, rotinizadas e relegadas ao segredo. As funções naturais de reprodução são, da mesma forma, distorcidas. O intercurso sexual é tabu enquanto assunto, e é programado enquanto ato. São feitos esforços para evitar a gravidez, pelo uso de substâncias mágicas ou pela limitação do intercurso sexual a certas fases da lua. A concepção é na realidade, pouco freqüente. Quando grávidas as mulheres vestem-se de modo a esconder o estado. O parto tem lugar em segredo, sem amigos ou parentes para ajudar, e a maioria das mulheres não amamenta seus rebentos.

Nossa análise da vida ritual dos Nacirema certamente demonstrou ser este povo dominado pela crença na magia. É difícil compreender como tal povo conseguiu sobreviver por tão longo tempo sob a carga que impôs sobre si mesmo. Mas até costumes tão exóticos quanto estes aqui descritos ganham seu real significado quando são encarados sob o ângulo relevado por Malinowski, quando escreveu:

"Olhando de longe e de cima de nossos altos postos de segurança na civilização desenvolvida, é fácil perceber toda a crueza e irrelevância da magia. Mas sem seu poder de orientação, o homem primitivo não poderia ter dominado, como o fêz, suas dificuldades práticas, nem poderia ter avançado aos estágios mais altos da civilização"

Horace Miner
In: A.K. Rooney e P.L. de Vore (orgs) YOU AND THE OTHERS - Readings in Introductory Anthropology (Cambridge, Erlich)
1976

Atividade 2

Mosaico humano: (re)conhecendo a formação étnica do povo brasileiro

Assim você poderá:
- Compreender o processo de organização da sociedade brasileira;
- Conhecer os conceitos de raça e etnia;
- Observar, coletar e organizar informações sobre a diversidade étnica do Brasil;
- Reconhecer a importância e o respeito às diferentes etnias.
- O processo de colonização do Brasil.

PRIMEIRA ATIVIDADE

A primeira atividade consiste na observação e reflexão sobre o quadro Os Operários (1933) de Tarsila do Amaral que […] é um retrato do conjunto de operários das fábricas brasileiras. Os rostos sobrepostos remetem à massificação do trabalho e às condições de vidas nas cidades. Estão representadas diversas etnias, fazendo referência à migração de diferentes locais do Brasil e do mundo […]. A apresentação do quadro tem a intenção de provocar o interesse por estudar A formação étnica da sociedade brasileira.

Observe nessa imagem:
- As características do quadro;
- O que observa no quadro;
- O que mais chama a atenção ao observar o quadro;
- Qual a relação entre o quadro e a formação e organização étnica da sociedade brasileira.

Imagem: Quadro Os Operários (1933) de Tarsila do Amaral
Disponível em: http://www.fashionbubbles.com/wp-content/uploads/2008/08/00operarios1933tarsiladoamaral.jpg
Acesso em: 10 de maio de 2012

Reflita sobre o dia a dia, ao andarmos pelas ruas e olharmos para o rosto das pessoas que cruzam os nossos caminhos percebemos as diferenças, tal fato deve-se a diversidade da população do nosso país em decorrência das diferentes etnias que compõem a sociedade brasileira.

Registre uma fotografia da turma (de amigos, de trabalho, de aula...). Sugere-se que:

a. Fotografe todos na mesma perspectiva do quadro Os Operários. Poderá utilizar câmera digital, celular, netbook ou tablet;

b. Apresente para a turma a imagem capturada e solicite que realizem uma atividade com a fotografia estabelecendo uma relação com o quadro Os Operários. A atividade poderá ser feita com desenho, colagem, pintura ou utilizando algum programa de edição disponível no computador.

c. Organize um espaço para realizar a apresentação dos trabalhos produzidos.

d. Converse com sua turma sobre as diferenças e as semelhanças entre a fotografia da turma e o quadro Os Operários.

Para auxiliar nas reflexões, seria interessante pesquisar sobre a História de Tarsila do Amaral e sobre o Movimento Modernista ocorrido no Brasil no início do século XX. Uma pesquisa sobre o processo de formação étnica do Brasil, a partir da História, é também muito bem-vinda para ampliar as reflexões e a compreensão desse processo. A aula Movimento operário no Brasil: influência do anarquismo italiano, disponível no Portal do Professor, no endereço eletrônico http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.htmlaula=27410 poderá contribuir para o entendimento do assunto.

SEGUNDA ATIVIDADE

A atividade anterior teve como objetivo provocar o estudo do tema por meio da pesquisa. Agora sugerimos que você continue desenvolvendo a pesquisa, aprofundando alguns pontos, que correspondem a estrutura de um projeto de pesquisa:

Problematização do Tema: pergunta ou situação-problema que provoque o interesse em saber mais sobre o tema.
- Como a sociedade brasileira se identifica diante da diversidade étnica?

Objetivos: o que se pretende alcançar, qual a finalidade da pesquisa.
- Compreender a diferença entre raça e etnia.
- Entender a organização étnica da sociedade brasileira;
- Refletir sobre a diversidade étnica da sociedade brasileira.

Hipótese: identificar as respostas temporárias que vão indicar o caminho da pesquisa.
- Identifica-se na sociedade brasileira diferentes etnias devido ao processo histórico de colonização do território brasileiro

Justificativa: apresentar uma explicação dos fatores que levaram a desenvolver a pesquisa e a sua importância.

Metodologia: processo de desenvolvimento da pesquisa: local, objeto da pesquisa, coleta de dados, análise dos dados etc.

Fonte: seleção do material para leitura e pesquisa: sites, revistas, livros, artigos, etc. Pode-se ter um ponto de partida, mas é importante que o grupo defina o referencial teórico que julga ser ideal para o desenvolvimento do trabalho que pode ser o livro didático adotado para o ano de ensino, livros paradidáticos, revistas e jornais disponíveis na biblioteca da escola e sites como o Google Acadêmico http://scholar.google.com.br/ que possibilita o acesso a diferentes artigos científicos, mais sugestões consulte os Recursos Complementares.

Cronograma: momento de organizar o tempo necessário para o planejamento e o desenvolvimento das etapas da pesquisa.

Socialização: como o resultado da pesquisa será apresentado: trabalho escrito, seminário, produção de vídeo, imagem, charge, ação social, dramatização etc. Como o que será apresentado na última atividade sugerida.
Para contribuir com o desenvolvimento do tema sugira que realizem uma pesquisa sobre os troncos raciais: mongolóide (amarela), caucasóide (branca) e negróide (negra) que é a classificação racial mais conhecida, mas não necessariamente a melhor. A pesquisa deverá abordar as características dos troncos raciais, a localização geográfica e imagens características dos grupos.

TERCEIRA ATIVIDADE

1. Apresente uma das imagens da Exposição Somos diferentes, somos parentes que ocorreu em 2010 no Museu do Homem em Paris França.

2. Solicite a leitura do artigo de Opinião Os brancos eram negros a milhares de anos atrás (Disponível em: http://www.planetanews.com/news/2010/11220 Acesso: 27 de julho de 2016).

Proponha, em sala de aula, um debate com os grupos de alunos levantando as seguintes questões:

- Os grupos humanos pertencem à mesma raça biológica
- Qual a explicação científica para a existência da raça humana
- Quais são as dificuldades para utilizar o termo raça ao se tratar dos seres humanos
- Apresente as diferenças entre os conceitos de raça e etnia
- Qual o termo conceitualmente mais adequado ao se tratar dos seres humanos
- Como seria possível classificar a sociedade brasileira

Professor(a), possibilite que os alunos expressem suas opiniões, mas aproveite para relacionar as falas apresentadas ao conhecimento científico, aborde os principais conceitos que envolvem o tema em estudo.

QUARTA ATIVIDADE

1. Solicite que acessem no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o endereço web http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/caracteristicas_raciais/default_raciais.shtm que apresentam informações sobre à formação étnico racial do povo brasileiro.

Imagem: Características étnico-raciais da população
Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/caracteristicas_raciais/default_raciais.shtm
Acesso em: 27 de julho de 2016
Imagem: Características étnico-raciais da população: um estudo das categorias de classificação de cor ou raça/2008
Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/caracteristicas_raciais/default_raciais.shtm
Acesso em: 27 de julho de 2016
Imagem: Pessoas de 15 anos ou mais de idade, total e distribuição percentual por cor ou raça, nas categorias mais frequentes, segundo as Unidades da Federação selecionadas – 2008
Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/caracteristicas_raciais/tab_2.7.pdf
Acesso em: 27 de julho de 2016

2. Solicite a leitura do artigo de Opinião Os brancos eram negros a milhares de anos atrás (Disponível em: http://www.planetanews.com/news/2010/11220 Acesso: 27 de julho de 2016).

Proponha, em sala de aula, um debate com os grupos de alunos levantando as seguintes questões:

- Os grupos humanos pertencem à mesma raça biológica
- Qual a explicação científica para a existência da raça humana
- Quais são as dificuldades para utilizar o termo raça ao se tratar dos seres humanos
- Apresente as diferenças entre os conceitos de raça e etnia
- Qual o termo conceitualmente mais adequado ao se tratar dos seres humanos
- Como seria possível classificar a sociedade brasileira

Professor(a), possibilite que os alunos expressem suas opiniões, mas aproveite para relacionar as falas apresentadas ao conhecimento científico, aborde os principais conceitos que envolvem o tema em estudo.

Vale ressaltar que, para classificar as pessoas de acordo com a cor da pele, o IBGE utiliza as categorias branca, preta, indígena, amarela e parda, sendo a última utilizada para evidenciar a mestiçagem. Outras denominações são mais atuais como afro-brasileiros e euro-brasileiros, descendentes de africanos e europeus.

2. Após a realização das leituras e da análise dos dados solicite aos grupos que organizem um seminário para apresentar as conclusões a que chegaram. Entende-se que, o Seminário é uma importante metodologia de pesquisa e de ensino, deve-se ser desenvolvido apoiado em uma pesquisa profunda e reflexiva sobre o assunto. Sugere-se que, os grupos utilizem para a apresentação dos resultados recursos visuais e audiovisuais ligadas a tecnologia. A aula Consumo e Sustentabilidade, disponível no Portal do Professor, no endereço web http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.htmlaula=28082 apresenta sugestões de como organizar um seminário.

Durante a apresentação dos seminários solicite que reflitam sobre:
- Características da organização dos troncos raciais;
- A existência de um tronco racial puro;
- A relação dos troncos raciais e a formação da sociedade brasileira;
- A sociedade brasileira pode ser caracterizada levando em conta somente os troncos raciais;
- A classificação em troncos raciais seria a melhor opção para analisar a organização da sociedade brasileira;
- As características que a sociedade brasileira leva em consideração para identificar sua etnia;
- A sociedade brasileira identifica-se de que maneira diante da diversidade étnica.

No final dos seminários possibilite um momento de conversa sobre os trabalhos apresentados e as questões levantadas pelos grupos. Provoque uma discussão sobre as características da sociedade brasileira perpassando pelo trabalho de Tarsila do Amaral, o realizado em sala e o processo de colonização do território brasileiro. Procure relacionar as semelhanças e as diferenças encontradas na formação étnica da sociedade brasileira.
Retome a hipótese da pesquisa: Identifica-se na sociedade brasileira diferentes etnias devido ao processo histórico de colonização do território brasileiro. Peça aos alunos que reflitam se a hipótese foi confirmada ou refutada e que dados e/ou fatos evidenciam tal conclusão. Depois, solicite individualmente aos alunos que elaborem um texto dissertativo apresentando as etapas do desenvolvimento da pesquisa e as conclusões, que poderá ser objeto de avaliação.

http://www.cursotecnicobrasil.com.br/2012/07/04/mosaico-humano-reconhecendo-a-formacao-etnica-do-povo-brasileiro-pesquisa-cientifica/