Piaget

[...] o nível I é o nível da indiferenciação entre o real, o necessário e o possível, o nível II marca um início de diferenciação, mas com o limite, natural entre este período operatório, de que os possíveis acessíveis ao sujeito permanecem 'concretos', isto é, todos eles atualizáveis na realidade pelas ações de um sujeito em pessoa. Enquanto no nível III a criança de 11-12 anos falará de uma 'infinidade', o que não se refere mais a esta materialidade das ações mas aos poderes dedutivos dos sujeitos [...] (PIAGET, 1985, p.34).

Montangero e Maurice-Naville

[...] Outra maneira de dar conta da extensão dos conhecimentos é falar em termos de generalização. Especialmente as generalizações construtivas que [...] tratam das operações do sujeito ou de seu produto e acabam por engendrar novas formas e eventualmente novos conteúdos [...]. Piaget mostra que ela procede por diferenciações e integrações que se enriquecem de maneira complementar no decurso do desenvolvimento (MONTANGERO; MAURICE-NAVILLE, 1998, p. 73).

Outras referências

[...] o estudo dos processos generalizadores conduz mais adiante ao exame daquilo que permanece os dois grandes mistérios do conhecimento: que ela consiste em engendrar estruturas constantemente novas, no sentido de não estarem contidas naquelas do ponto de partida, mas que, uma vez construídas, aparecem como o produto necessário destas; e que esta construção apoia-se sem cessar sobre o que está em devir, portanto, sobre o que ainda não está realizado, tanto e frequentemente mais que sobre a aquisição anterior (PIAGET, 1978, p. 1).