O arquiteto Victor Horta (1861-1947) foi um dos primeiros a perceber que o aço não somente interessa do ponto de vista econômico-construtivo, como tem um grande potencial plástico. Um conjunto de quatro de suas obras, construídas em Bruxelas – Hôtel Tassel (1893-94), Hôtel Solvay (1895-1900), Hôtel Van Eetvelde (1895-1901) e Hôtel Horta (1898-1901) –, pertencem, hoje, à lista de Patrimônio Universal da UNESCO. As formas orgânicas utilizadas na arquitetura desenvolvida por Horta impressionam muito ao francês Hector Guimard (1867-1942), que leva a novidade a Paris.
Outro arquiteto belga, Henri van de Velde (1863-1957), também ajuda a propagar o estilo, através de uma grande mobilidade pessoal. Van de Velde viaja a Paris e Dresden, vive em Weimar e Berlin e, antes de voltar à Bélgica, na Suíça. Na Alemanha, participa do Deutscher Werkbund (Federação Alemã do Trabalho) e é fundador e primeiro Diretor da Kunstgewerbeschule Weimar (Escola de Artes Aplicadas de Weimar, 1905), cujo edifício é projetado por ele. Este edifício será, mais tarde, a primeira sede da Bauhaus.
Sua obra mais conhecida é a Villa Esche (Chemnitz, 1902-11), mas também tem uma atuação destacada no design de interiores e de móveis, de cartazes publicitários e embalagens. Suas incursões no design de roupas femininas, propondo-se trazer mais conforto à mulher moderna, merecem a crítica irônica de Adolf Loos.