As primeiras realizações da Arte-Nova ibérica aparecem na Catalunha, dentre o grupo de arquitetos e artífices chamados de ‘Modernistas’ por seus contemporâneos, ainda que os próprios artistas chamassem este movimento de Renaixença (Renascença). Barcelona, única cidade da Espanha onde há, então, certo desenvolvimento industrial, é o epicentro desta arquitetura, que constituirá, mais tarde, uma das fontes que inspirarão o Expressionismo.
Uma característica comum a estes criadores catalães, além de seu nacionalismo, é o grande virtuosismo na utilização de materiais e técnicas tradicionais, entre elas o trencadís e o esgrafito, para o que empregavam o trabalho dos melhores artesãos locais, de artistas e de outros arquitetos.
O mais conhecido destes arquitetos é Antoni Gaudí (1852-1926), cujo Temple Expiatori de la Sagrada Família (Templo Expiatório da Sagrada Família) começa a ser construído em Barcelona, em 1882. Contratado por Eusebi Güell i Bacigalupi, Gaudí também projeta e constrói o Palau Güell (Palácio Güell, 1896-91) e o Parc Güell, (Parque Güell, 1900-14) na cidade, entre outras importantes obras disseminadas pela região da Catalunha. A Casa Batlló (1904-06) consiste de uma reforma realizada em um edifício construído em 1875. Perto dela é construída a Casa Milà (1906), conhecida como La Pedrera, ambas em Barcelona. Estas edificações fazem parte de um conjunto de sete obras do arquiteto declaradas Patrimônio Universal pela UNESCO.
O arquiteto Lluís Domènech (1850-1923) também tem, em sua biografia, duas obras declaradas Patrimônio Universal pela UNESCO: o Hospital de La Santa Creu i Sant Pau (Hospital de Santa Cruz e São Paulo, Barcelona, 1901-1912) e o Palau de La Música Catalana (Palácio da Música Catalã, Barcelona, 1905-1908).
O arquiteto Puig i Cadafalch (1867-1956) é outro arquiteto de destaque do Modernisme. São dele a Casa Amatller (1898-1900), construída para abrigar uma fábrica de chocolate no centro de Barcelona, e a Casa Macaya (1901), cujas fachadas são esgrafitadas e apresentam esculturas de Eusebi Arnau.