Art Nouveau

O Art-Nouveau no Brasil


O estilo da Arte-Nova é pouco representativo no Brasil. O mais freqüente é que elementos Art-Nouveau sejam incorporados em construção tardias do Ecletismo Historicista. Mas podem-se apontar alguns exemplares nas principais cidades do País.


Em São Paulo, o engenheiro sueco Karl Ekman (1866-1940) constrói a Vila Penteado (1902), para a conhecida família de cafeicultores e industriais, construção que lança o Art-Nouveau na cidade. A partir de então o estilo aparece em obras residenciais e em outras, como no Viaduto Santa Ifigênia (1910-1913), projetado pelo engenheiro italiano Giulio Micheli (?-?) e cuja estrutura metálica vem totalmente pré-fabricada na Bélgica. No interior do Estado, a Estação de Mayrink (1906), do arquiteto francês Victor Dubugras (1868-1933), é apontada com um exemplar perfeito do estilo no País.


Nas cidades de Manaus e Belém do Pará, que experimentaram grande desenvolvimento urbano ao final do século XIX, devido ao boom da borracha, encontram-se mais exemplares Art-Nouveau. Como o Teatro Amazonas (1896), projeto desenvolvido pelo Gabinete Português de Engenharia e Arquitetura de Lisboa, em 1883. Em Belém, a estrutura metálica do Mercado de Ver-o-Peso, chamado localmente de ‘Mercado de Ferro’, foi erguida por La Rocque Pinto & Cia com peças fabricadas na França, em 1899.


Um dos introdutores do estilo em Porto Alegre é Manoel Itaqui (1876-1945), que projeta vários edifícios para a Universidade de Porto Alegre (atual Universidade Federal do Rio Grande do Sul), como o Castelinho (1906) e o Observatório Astronômico (1906). Há outros exemplares bastante íntegros, como a Casa Godoy (1907), de Hermann Menschen (1876-?), e a Farmácia Carvalho (1907), de Francesco Tomatis (?-?). O pórtico do Cais Mauá e seus armazéns adjacentes (1917-22), fabricados na França pela Casa Costa Daydée e montados no local, são outros edifícios característicos do estilo naquela cidade.

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